A Fictor Energia firmou joint venture com a WTT Participações para investir R$ 194 milhões na construção de oito usinas solares fotovoltaicas em Goiás. Com potência total de 44 MWp, segundo comunicado, as usinas estarão localizadas de norte ao sul do estado e entrarão em operação até o fim do ano. A primeira delas, batizada de Usina de Clima, de 1,4 MWp, foi inaugurada no dia 14 de agosto em Cocalzinho de Goiás.
Além da Usina de Clima, no centro do estado e próxima à capital federal, Brasília, estão previstas no cluster goiano as unidades de Caminho Aberto (Uruaçu), no norte do estado; Beleza, em Padre Bernardo; Futuro I, em Bela Vista de Goiás; Futuro II, em Águas Lindas de Goiás; Novel, em Inhumas; Parabéns I, em Pirenópolis; e por fim a Mundo Melhor II, em Professor Jamil, no sul do estado.
Conectadas na rede da distribuidora Equatorial, na ponta da geração do cluster estão duas comercializadoras de energia associadas ao projeto como offtakers, em contratos de 20 anos, cujos nomes não foram revelados. No escopo do projeto comercial, as usinas são alugadas para uma cooperativa das contratantes, na qual se agruparão os clientes. A ideia é atender consumidores B3, classe comercial, que consomem 645 GWh/ano.
A criação do cluster começou em setembro de 2023, em iniciativa da companhia goiana Enerwatt, controlada pela WTT Participações e que tem mais de 5 GW em projetos de geração, transmissão e distribuição. A joint venture tem outros dois projetos em operação, em usinas de Presidente Epitácio, em São Paulo, e na Usina de Autazes, no estado do Amazonas.
Boa parte do investimento das usinas em Goiás – RS$ 164 milhões – é estruturado por meio de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) para aquisição de bens de capital e pagamento de despesas financeiras e pré-operacionais dos projetos. Os restantes R$ 30 milhões são do próprio caixa da joint venture.
Segundo comunicado, as localidades foram escolhidas pela alta possibilidade de irradiação solar, com valores em torno de 5 kWh/m²/dia. Isso indica, ainda de acordo com as empresas, um recurso de incidência quase 70% superior aos 3 kWh/m²/dia correspondentes à média solar da Alemanha, o país com maior capacidade energética por instalação fotovoltaica per capita no mundo.
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