Os interessados em votar/contribuir para o texto da nova norma ABNT NBR 17193 - Segurança contra incêndios em instalações fotovoltaicas - Requisitos e especificações de projetos - Uso em edificações têm até a quinta-feira da próxima semana, 5 de setembro, quando se encerra a Consulta Nacional lançada no início deste mês. O conteúdo do projeto foi apresentado em palestra no congresso Eletrotec+EM Power nesta terça-feira, 27 de agosto, pelo atual coordenador da comissão da norma, Marcos Rogério Chaves Silva (foto), e pelo coordenador anterior, André Luiz Gonçalves Scabbia.

O projeto foi elaborado no prazo de apenas um ano (de janeiro a dezembro de 2023) no âmbito d0 CB-024 da ABNT, o Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio, tendo como base um technical report da IEC, e depois passou oito meses sendo averiguado pelos outros comitês, como os de civil, elétrica, fotovoltaica e outros. O projeto foi uma solicitação do Conaci – Comitê Nacional de Combate a Incêndio, que refletiu uma preocupação dos corpos de bombeiros estaduais com o fato de os sistemas fotovoltaicos de telhado continuarem gerando energia mesmo com as chaves de entrada, de corrente alternada, desligadas.

Entre as novidades introduzidas pelo texto está, por exemplo, a obrigatoriedade de os painéis fotovoltaicos serem instalados nos telhados com espaçamento suficiente para que os bombeiros se movam entre eles durante o combate a um incêndio. Já a parte mais polêmica do projeto, no entanto, é a obrigatoriedade de emprego de dispositivos de rapid shutdown, sistema baixa o nível de corrente contínua da instalação a níveis aceitáveis para o organismo, algo como o nível de extra baixa tensão prescrito pela norma de instalações de baixa tensão, a NBR 5410, que em corrente contínua é de 120 V. “Isto é importante porque existem hoje sistemas que chegam até 1.000 volts c.c., já se está falando em 1.500 V e até alguns querendo chegar a 3.000 V”, disse Marcos Rogério.

A polêmica, neste caso, reside em que a essa funcionalidade rapid shutdown só está presente em microinversores ou otimizadores, que conectam um único ou poucos módulos, e não pelos inversores ditos de string, que conectam diversos módulos em série. Ou seja, a imposição da norma alijaria do mercado de solar para telhados as empresas que não fornecem microinversores ou otimizadores. “Esta foi uma solicitação do Conaci, e inclusive os corpos de bombeiros já estão incorporando a norma como está às suas Instruções Técnicas, ou seja, a exigência já está sendo imposta na prática”, disse o coordenador.

De qualquer maneira, os interessados em contribuir para melhorar o texto da NBR 17193 têm apenas até 5 de setembro próximo para fazer seus votos e comentários, no endereço eletrônico www.abntonline.com.br/consultanacional .


 



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