Depois de dobrar a capacidade instalada em usinas fotovoltaicas em nível de geração distribuída de 2022 para 2023, de 30 MW para 60 MW, a vertical de projetos da Intelbras se prepara para mais um salto na entrega de capacidade instalada em relação ao ano passado, disse à FotoVolt Marcio Osli dos Santos, diretor comercial da Unidade de Negócios de Energia da empresa.
A empresa apresentou diversos novos produtos na Intersolar, mas deu destaque à sua vertical de projetos de miniusinas FV, de 0,5 a 5 MW, porque pretende aproveitar oportunidades e atender às atuais necessidades do mercado. “Estamos enfatizando a atividade de execução e venda de usinas pela Intelbras porque enxergamos essa necessidade de mercado: os pareceres de acesso estão disponíveis, com validade, e precisamos divulgar nossas capacidades financeira e de execução. Sabemos montar usinas extremamente robustas e seguras”, disse.
As equipes comercial e de engenharia da vertical são específicas para essa faixa de potência. Projetos menores são atendidos por outra área. “É um time com know-how para usinas maiores, as quais envolvem transformadores pesados, cabines primárias, terraplanagem, sondagens de solo ― há maior complexidade” diz o diretor, que enumera as muitas atividades envolvidas, incluindo medições de irradiação e estudo do solo e de ventos locais, com vistas ao dimensionamento de trackers. A empresa realiza projetos em modalidade turnkey, até o comissionamento da usina, incluindo a negociação com a concessionaria de energia para a conexão. “Mas também oferecemos serviços de operação e manutenção pelo prazo que o cliente necessite.” A oferta de serviços, aliás, é apoiada pela cobertura de 98,4% dos municípios do País, com revendas treinadas pela companhia. “Não importa onde, se é uma comunidade remota ou não, sempre temos alguém que atenda”.
Segundo o diretor, o respaldo do know-how e da robustez financeira da Intelbras como executora dos projetos facilita inclusive a obtenção de financiamentos das usinas pelos clientes. “A empresa tem 6.400 trabalhadores, faturamento da ordem de R$ 5 bilhões por ano, e a energia solar é hoje um braço representativo para a companhia. Já instalamos essa grande quantidades de usinas, então quando assinamos um contrato como epecistas, isso facilita muito a liberação do financiamento junto ao banco”.
Entre as novidades apresentadas na Intersolar South America, e destacadas pelo diretor, estão novas versões dos inversores ongrid da linha Ions, que agora geram energia a partir de 40 V (antes, 80 V), ou seja, produzem mais energia ao longo do dia; módulos fotovoltaicos TOPCon N-type de 660 e 685 W; e os carregadores veiculares c.c. de 30 kW. Destaque também para os inversores-carregadores ICS 3000 W e 5000 W, de onda senoidal pura, que vêm sendo empregados nos sistemas isolados da Amazônia, e o driver solar com módulos FV para bombas de irrigação, entre vários outros.
Por fim, o diretor mencionou um recente acordo da empresa com a grande fabricante de drones DJI, sediada na China. “A Intelbras fez um acordo comercial importante para drones de alta precisão, destinados à inspeção de usinas fotovoltaicas com monitoramento, por meio de câmeras de imagens reais e térmicas, de pontos quentes que podem vir a causar problemas para a instalação”.
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