A realidade aumentada possui inúmeras funções e pode ser utilizada a partir de vários dispositivos. Entre todas as tecnologias habilitadoras da indústria 4.0 se mostra a mais acessível. Mas embora seja acessível, ainda precisa da devida divulgação no meio industrial como ferramenta para auxiliar empresas de todos os segmentos.
Sua finalidade não se limita ao meio industrial. Sempre que observamos em um vídeo a existência de elementos não pertencentes à realidade do ambiente registrado, por exemplo, existe então a aplicação da realidade aumentada nesse projeto.
Ramon Ferreira, sócio fundador da GoEPIK, empresa que atua com soluções para transformação digital e integra a Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), explica mais sobre essa incrível tecnologia. “A realidade aumentada se desenvolveu muito ao longo dos últimos anos, oferecendo oportunidades reais de utilização na indústria”, diz.
A tecnologia, realiza a integração do mundo virtual ao mundo real. Ela permite a sobreposição de objetos gerados por computador em um ambiente real, por meio de um dispositivo de visualização (smartphone, tablet ou óculos especiais). A partir disto, é possível interagir com estes elementos virtuais em diversas atividades.
Aplicar essa tecnologia é estar investindo e se preparando para o futuro que será comandado pela indústria 4.0, na qual pessoas, máquinas e produtos trocam informações e dados em tempo real por meio da integração de tecnologias digitais aos já conhecidos processos industriais.
Quais são as suas aplicações
Ramon explica que pela acessibilidade, algumas empresas adquirem a realidade aumentada sem possuírem um propósito real. Apenas como uma ferramenta complementar que traz o “status de inovadora” à sua reputação.
Em contrapartida, empresas dos mais diversos segmentos encontram na realidade aumentada uma ferramenta de grande potencial de produtividade. Para esta tecnologia destacam-se 4 funcionalidades principais:
Treinamentos: simular situações com o auxílio da realidade aumentada é uma grande vantagem daqueles que a utilizam para o treinamento de profissionais;
Medir objetos: a inteligência por trás da realidade aumentada permite que o usuário faça medidas de objetos, simplesmente ao apontar a câmera de um dispositivo para a objeto em questão;
Acelerar a curva de aprendizado: o aprendizado se torna mais ágil, visto que a tecnologia permite que o usuário conheça seu objeto de estudo em detalhes minuciosos;
Melhorar a visibilidade da informação: a informação se torna mais acessível e rica em detalhes, pois basta mirar o dispositivo ao objeto para obter dados como temperatura e a validade das peças, por exemplo.
Realidade aumentada e a indústria 4.0
Apenas a utilização da realidade aumentada não define por si só que uma empresa é adepta da indústria 4.0. A realidade aumentada é apenas uma tecnologia complementar. Ela faz parte dessa inovação, pois traz visibilidade à informação, essa que pode (e deve) ser complementada por outras tecnologias, como a IIoT e a inteligência artificial.
Tecnologias essas que trazem aos equipamentos uma gama ainda maior de informações a serem exploradas pela realidade aumentada. “É uma tecnologia que você pega com a mão e aprende com ela, é bastante prática. Qualquer pessoa utilizar, por isso é bem diferente de tecnologias mais complexas, como a machine learning por exemplo”, acrescentou Ramon.
Entre os ganhos da realidade aumentada na indústria estão o aumento da produtividade, a redução de custos, a redução de tempo para a manutenção e inspeção de equipamentos nas fábricas, e a ajuda no controle da produção.
O momento da tecnologia no Brasil
O cenário brasileiro deve ser encarado como oportuno para aqueles que ainda não iniciaram a implantação da tecnologia, mas pensam em adequá-la. O país está tecnicamente atrás dos EUA e grandes potências europeias em termos de usabilidade, pois há menos investimento na área. “É um processo natural, dado a necessidade de importação de recursos”, explica Ramon.
O Brasil vive uma dualidade, pois existem empresas que não fazem ideia da existência da tecnologia. Porém existem empresas completamente adequadas aos padrões tecnológicos da indústria 4.0. O país segue um ritmo ascendente de adoção, que mostra claramente que aqueles que não se adequarem, poderão perder oportunidades reais de negócio muito em breve.
A acessibilidade
A acessibilidade é uma das grandes vantagens da realidade aumentada, que fazem dela uma grande oportunidade de ferramenta auxiliar. Conforme destacado por Ramon, as tecnologias precisam se tornar mais fáceis e acessíveis, pois essa é uma tendência natural da evolução tecnológica. Fornecedores que não pensarem dessa forma, ficarão obsoletos.
A GoEPIK oferece soluções gratuitas para fomentar a utilização e divulgar o potencial da tecnologia e o projeto da empresa, que se destaca por ser a primeira no setor a oferecer soluções do gênero no País.
O futuro da realidade aumentada
Ramon diz que ainda não é possível dizer com certeza quando a tecnologia será imprescindível, mas que se uma empresa deseja se adequar à indústria 4.0, então sua utilização será indispensável. O mercado está atento às novidades tecnológicas e isso inclui a concorrência. “Abrir o leque de oportunidades é necessário, pois a inovação é o caminho para a prosperidade de qualquer negócio”.
Sobre a ABII
A Associação Brasileira de Internet Industrial (ABII), fundada em agosto de 2016, atua com o objetivo de promover o crescimento e o fortalecimento da indústria 4.0 e da IIoT (Industrial Internet of Things). Fomenta o debate entre setores privado, público e acadêmico, a colaboração e o intercâmbio tecnológico e de negócios com associações, empresas e instituições internacionais, a partir do desenvolvimento de tecnologias e inovação. A ABII é signatária do Acordo de Cooperação com o IIC (Industrial Internet Consortium), consórcio criado em 2014, nos Estados Unidos, com o mesmo fim, pela IBM, GE e Intel. Buscando inserir o Brasil nesta revolução, Pollux, Fiesc/Ciesc e Nidec GA (antiga Embraco) uniram-se para fundar a ABII.
Foto: ABII
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