O esforço para modernizar parques fabris da área de plásticos e de sua cadeia produtiva tem como um de seus fatores mais importantes a participação de instituições de pesquisa e ensino. Seguir o caminho da digitalização industrial contando com a colaboração de entidades dessa classe é uma ação que não consta somente do planejamento de empresas. Isso já é uma realidade.
Alguns projetos que foram postos em prática recentemente podem servir como norte para as companhias que pretendem consolidar o conceito de indústria 4.0 em suas linhas de produção. Entre eles está o desenvolvimento de uma plataforma virtual a qual opera como uma ferramenta que possibilita a interconectividade entre máquinas injetoras, extrusoras ou de sopro, por exemplo, e redes digitais.
O Senai, em parceria com a Nokia, implantou uma rede de comunicação do tipo LTE/4.9G privada em sua unidade chamada de OpenLAB, situada em São Caetano do Sul (SP). O sistema possibilitará o gerenciamento de ativos do chão de fábrica da planta, assim como será usado para integrar o armazenamento e a transferência de dados entre departamentos. Também permitirá a realização de simulações referentes a operações típicas de parques fabris.
“A nova rede está integrada a todos os equipamentos que permitem a conectividade celular nativa ou conexão por WiFi. As máquinas estarão conectadas à rede privada por meio de ‘chips’, e os dados coletados serão enviados para um computador conforme as aplicações de gestão e monitoramento industrial. Atualmente temos integrados um robô autônomo, máquinas operatrizes, tablets, IOTs e smartphones”, comentou Osvaldo Luiz Padovan, diretor da unidade Senai OpenLAB.
No que tange à integração de injetoras, extrusoras e máquinas de sopro, “as máquinas do setor de plásticos poderão ser operadas, gerenciadas e reconfiguradas muito rapidamente, permitindo a aceleração de processos, além de economia de matéria-prima pela redução de desperdícios”, disse ele.
A capacidade de tráfego de dados da rede é de até 10 GB/s por equipamento, com latência de até 1 milissegundo de velocidade, à qual é atribuída um índice de confiabilidade de 99,9%. Ela pode cobrir uma grande área geográfica e opera com sistema de segurança de dados.
Uma demonstração do funcionamento da planta pode ser vista no vídeo a seguir.
Sobre os custos de implementação da rede LTE/4.9G privada no chão de fábrica, Fabio Ardeola, diretor comercial do segmento de manufatura da Nokia no Brasil, disse que as companhias interessadas nesse sistema podem fazer simulações de orçamento por meio de uma ferramenta on-line.
“Os custos de implementação dependem de cada tipo de implementação. A rede tem capacidade para fazer análise de dados e viabiliza o uso aplicativos em tempo real para manufatura inteligente, manutenção preditiva e operação remota. Da mesma forma, a conectividade garante que robôs possam rastrear e movimentar objetos com eficiência”, concluiu.
Curso sobre redes digitais industriais
O Senai (São Caetano do Sul, SP) passou a oferecer um curso voltado para a implementação de redes digitais em fábricas, intitulado “Instalação e configuração de redes privadas LTE para conectividade industrial”.
De acordo com informações da instituição, o curso será realizado em modo presencial e terá como tópicos principais, conforme sua programação, Identificar soluções de conectividade industrial; Instalar e configurar redes privadas LTE; Integração redes privadas LTE com equipamentos industriais; Diagnosticar falhas no funcionamento da solução NDAC; e Manter hardware e software NDAC.
Mais informações sobre o curso podem ser obtidas aqui e os interessados na rede LTE/4.9G podem entrar em contato pelo e-mail fabio_ribas.ardeola@nokia.com. Saiba também como configurar computadores para parques fabris a partir de sugestões de especialistas nessa área.
Foto: Freepik
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