A adoção de robôs em linhas de produção no segmento de plásticos constitui uma das estratégias que visam ao mantenimento da continuidade de trabalhos nessa cadeia produtiva durante a pandemia de Covid-19.
Os modelos de autômatos indicados para este setor que são comercializados atualmente variam em versões equipadas com braço robótico que podem operar na inserção e retirada de peças e/ou enxertos de máquinas injetoras, por exemplo.
No entanto, há também os Autonomous Mobile Robots (AMRs), ou robôs autônomos móveis, em português. Eles podem ser configurados para trabalharem em operações de logística interna em espaços fabris, podendo ser destinados à movimentação de peças plásticas, sacarias, de ferramental e componentes complementares, além de outras funções.
Os robôs dessa categoria precisam ser dotados de sistema de programação de rotas e de detecção de obstáculos, o que lhes permite otimizar a sua movimentação pelo chão de fábrica e evitar colisões com colaboradores ou com outros equipamentos que eventualmente possam estar no mesmo espaço.
Recentemente, uma linha de robôs que possuem essas características foi desenvolvida pela Pollux, empresa que tem matriz em Joinville (SC). A série é composta por modelos com capacidade para processar cargas com peso de até 1 tonelada e que podem se deslocar no chão de fábrica com velocidade de cerca de 2 m/s. Suas dimensões variam de 600 x 400 x 400 mm a 1.000 x 1.000 x 400 mm. Além disso, eles podem ser equipados com compartimentos, prateleiras e rack.
Cédric Craze, diretor de tecnologia da empresa, comentou sobre como os sistemas instalados nos robôs permitem que eles trafeguem em segurança em parques fabris. “Os robôs possuem tecnologia laser que permite a criação de um mapa do ambiente ao redor deles, em torno de 20 metros de alcance em 360 º. Toda vez que o laser encontra um obstáculo, isso gera um ponto no mapa. Com as somas desses pontos, o mapa é montado incluindo obstáculos como paredes, equipamentos etc. O robô entende os novos obstáculos aparecendo no mapa e consegue mudar sua rota conforme a necessidade”.
Da configuração dos autômatos ainda constam sensores para coleta de dados provenientes da sua operação, sistema de ultrassom para detectar barreiras transparentes como, por exemplo, vidro, assim como botão de emergência manual que interrompe a operação imediatamente ao seu acionamento. Eles contam com bateria cuja autonomia fica entre 18 e 20 horas.
Os modelos também podem ser controlados remotamente por meio de comandos analógicos e/ou digitais, além de softwares, desde que haja comunicação por WiFi e pelo protocolo REST/JSON, conforme informado pela companhia. Entretanto, eles não podem se comunicar diretamente com máquinas como injetoras e extrusoras, por exemplo. Os clientes podem contar com assistência técnica.
Mais informações podem ser obtidas aqui e também em nossos guias de robôs industriais. Fique por dentro da oferta de equipamentos indicados para a modernização de linhas de produção.
Foto: Pollux
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