O aumento do número de casos de contaminação pelo novo coronavírus fez disparar a procura por equipamentos e sistemas de proteção individual, em especial as máscaras, que evitam a propagação da doença pela projeção de gotículas.

Entre as muitas iniciativas que visam à produção rápida desse tipo de equipamento está uma surgida entre profissionais de universidades baianas, sob a coordenação do professor Leandro Brito, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).Profissionais de saúde em Vitória da Conquista usando máscaras do tipo face shield

A intenção inicialmente era produzir protetores faciais do tipo face shield. Para isso, um grupo de pesquisadores locais identificou o modelo Prusa Protective Face Shield - RC3 de protetor facial com projeto em código aberto (open source), criado pela Prusa Printers, empresa de impressão 3D da República Tcheca. O modelo está sendo replicado em diversos países, pois evita inclusive a contaminação da máscara descartável (N-95) e aumenta a sua vida útil. Podem também ser lavado com água e sabão ou higienizado com álcool 70%.

Surgiu assim o projeto Face Shield for Life 3D, que abrange a capital baiana e regiões metropolitanas, em ações fundamentadas na impressão 3D dos componentes necessários. Em um primeiro momento, a intenção era produzir, de forma colaborativa e voluntária, 200 unidades de máscaras para o Instituto Couto Maia, localizado em Salvador e especializado em doenças infectocontagiosas. No entanto, a ação se expandiu rapidamente, passando a contar com a participação de apoiadores de diversas áreas e acabou dando origem ao projeto Coronavidas, que reúne iniciativas similares, mas agora precisa do apoio da indústria metal-mecânica e de plásticos, para produzir as máscaras em larga escala.

Entre as necessidades do grupo está a obtenção de moldes a partir do projeto inicial, a moldagem por injeção dos componentes que serão usados na fabricação das máscaras, além da resina necessária ao processo, incluindo os laminados flexíveis transparentes para a fabricação do escudo frontal. Empresas do ramo de logística também poderão colaborar para efetuar a distribuição dos produtos.

 

Respiradores mecânicos

Outra frente de trabalho do projeto Coronavidas propõe a produção de respiradores mecânicos que vão ser usados pelos pacientes que apresentarem insuficiência respiratória, e para isso também é fundamental a participação das empresas de ferramentaria e de injeção. Os interessados em colaborar podem acessar o site coronavidas.net, onde é possível fazer doações para a compra dos insumos necessários ou ainda se voluntariar par ajudar com as inúmeras tarefas envolvidas nesta ação.

 

Foto: profissionais de saúde em Vitória da Conquista utilizam as máscaras do tipo face shield resultantes do projeto CoronaVidas (foto: Projeto CoronaVidas)

 

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