Com matriz em Joinville (SC), a fabricante de concentrados de cor e aditivos para materiais plásticos Cristal Master está concluindo os investimentos iniciados em 2020 em seu laboratório, com a instalação de diversos equipamentos que vão dar apoio às áreas de desenvolvimento e controle da qualidade.

 

Entre os novos aparelhos estão um microscópio com software de análise, um espectrofotômetro para análises por infravermelho (FTIR) e equipamentos para ensaios mecânicos (impacto, tração/flexão e fluidez/viscosidade). Também foram adicionadas uma injetora (totalizando agora três unidades instaladas) e uma extrusora de filmes (também totalizando três unidades), ambas em versões laboratoriais. Estão previstas ainda a chegada de uma máquina para análise por calorimetria diferencial de varredura (DSC), além de duas novas extrusoras para o setor de produção, que passará então a contar com 19 máquinas, com a consequente ampliação do espaço fabril.

 

Cada um desses novos equipamentos permitirá à empresa aprimorar os seus serviços e a qualidade dos corantes e masters que ela fornece. O FTIR, por exemplo, vai possibilitar o desenvolvimento assertivo de materiais aditivados, com percentuais exatos, o que pode fazer a diferença no desempenho de um produto final, como explicou Wyllian Santos, engenheiro mecânico e responsável pelo setor de marketing da empresa: “A adição precisa permite tanto evitar o desperdício de materiais quanto promover o bom desempenho das formulações, mitigando efeitos cruzados, por exemplo, ou a migração por excesso de aditivos”.

 

Já nas máquinas de transformação em nível laboratorial será possível testar o desempenho das formulações em pequenas escalas, antes de chegar ao ambiente de produção.

 

Os ensaios de envelhecimento acelerado, combinados com ensaios mecânicos, permitem prever a degradação provável de um determinado produto de acordo com as condições de trabalho a que ele será exposto. Os novos equipamentos capacitarão a empresa também a realizar a engenharia reversa da formulação de materiais: “A partir de uma amostra de material ou de um produto final moldado, faz-se uma análise física, química e visual, em uma espécie de caracterização reversa que permite identificar a concentração de aditivos, a pureza da formulação e eventuais contaminantes, detectando-se o que provavelmente ocasionou falha no produto final, por exemplo”, informou o engenheiro.


 

A Cristal Master anteriormente realizava este tipo de análise em parcerias com universidades próximas, que dispõem de laboratórios. Porém, com as instalações próprias, passa a ganhar escala e autonomia para o desenvolvimento de novas formulações, assegurando a manutenção dos recentes níveis de crescimento que vem registrando. A empresa fechou o ano de 2020 com um crescimento de 30%, e projeta para este ano algo entre 15 e 20%, um ritmo puxado principalmente por mercados que se fortaleceram no pós-pandemia, tais como o agronegócio, que envolve a produção de sacaria, embalagens, implementos e filmes técnicos; o alimentício e a construção civil, além, é claro, das embalagens em geral.

 

A empresa produz hoje 2.500 t/mensais, que subirão para 3.300 com a entrada em operação das duas novas extrusoras de rosca dupla.

 

Fotos:CirstalMaster

 


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