O aquecimento do agronegócio está trazendo oportunidades para o ramo de chapas, tubos e perfis feitos com aço inox. Ele é um dos metais que já são usados nessa área, mas sua aplicação tem potencial para ser ampliada no que diz respeito à fabricação de máquinas e equipamentos, além de implementos agrícolas.

Aço inox e as possibilidades positivas no agronegócio

 

As boas perspectivas estão relacionadas a dados positivos sobre o segmento do agro que foram divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os dados foram obtidos a partir de estudos realizados pelas instituições em parceria.

 

De acordo com as entidades, o PIB do agronegócio apresentou índice de avanço de 24,3% em 2020, e a participação do ramo no PIB do Brasil chegou a 26,1%. A pesquisa também apontou que o volume de exportações e a receita obtida tiveram crescimento de 10 e 4%, respectivamente, em relação a 2019. Essas informações foram divulgadas com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

 

Também foi informado pelo Cepea que segmentos que compõem a cadeia produtiva do agronegócio como, por exemplo, o setor primário, o de agrosserviços, a agroindústria e o de insumos apresentaram crescimento no ano passado, com percentuais que vão de 6,72% até 56,59%. Além disso, ainda segundo a instituição, em 2020 safras de alimentos como soja e milho cresceram cerca de 4,3%, no caso da de soja, e 2,5% a de milho.

 

Esses são alguns dos fatores que estão chamando a atenção do ramo de aços inoxidáveis, que já observa um aumento significativo da participação da área do agronegócio em sua carteira de clientes, assim como enxerga a possibilidade de ampliar o uso desses materiais quando o assunto é, por exemplo, modernização de frotas de máquinas e equipamentos agrícolas.

 

Um exemplo é o Grupo Açotubo, com matriz em Guarulhos (SP), que considera a clientela que atua no segmento do agronegócio uma das principais responsáveis pelo aumento do faturamento da companhia. “O mercado agro, como no caso das usinas sucroenergéticas, que não produzem apenas o açúcar e o álcool, mas também colhem a cana, representa aproximadamente 25% desse faturamento. É um mercado que está presente de uma forma consistente nos nossos negócios”, comentou Willians Cintra, gerente de uma filial da empresa situada no município de Sertãozinho (SP).

 

Em comunicado à imprensa, ele mencionou alguns pontos que podem ser indicativos de boas oportunidades para os fornecedores de aço inox: “Tivemos um período de grande dificuldade do setor que perdurou por quase 10 anos, com muitas plantas sucateadas e equipamentos defasados que precisam de recondicionamento. A economia mais aquecida abre uma janela para aumentar a utilização de aços inoxidáveis na modernização do setor sucroenergético”.


 

Vantagens do aço inox

 

As características dos aços inoxidáveis também são consideradas um bom motivo para que a aplicação desses metais na área do agro seja ampliada. Algumas delas consistem em maior durabilidade de peças e componentes, e também, conforme informado pelo Grupo Açotubo, por questões sanitárias, que envolvem a não ocorrência de reações químicas ao contato com alimentos, inibição da aderência de microrganismos às superfícies metálicas e facilidade de limpeza em relação a outros materiais.

 

Willians também mencionou que as séries de aço inox AISI 304, 316L e 410 figuram entre as principais indicadas para uso no meio agrícola, devido às suas propriedades mecânicas e químicas. A respeito da linha 410, ele salientou que,“por aguentarem mais impactos físicos e a ação de agentes químicos, esses aços estão tomando conta do mercado sucroenergético, além de serem muito usados na fabricação de caçambas agrícolas”.

 

Outros dados podem ser solicitados aqui.

 

Imagem: Pixabay

 

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#AçoInox #Agronegócio #Cepea #GrupoAçotubo #CorteeConformaçãodeMetais




 



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