A Alutrade, empresa com atuação no setor de reciclagem de alumínio situada na Inglaterra, está direcionando investimentos para a reciclagem de ligas de alumínio provenientes de resíduos da construção civil como, por exemplo, portas, janelas e esquadrias, bem como de itens pós-consumo, tais como latas e recipientes confeccionados a partir desse material.


Reciclar alumínio para fornecer matéria-prima de qualidade para a fabricação de peças para usinagem é o objetivo de uma parceria entre multinacionais

 

Atualmente, um dos parques fabris da companhia conta com sistemas de classificação de materiais que são baseados em sensores, os quais constituem uma unidade de triagem e separação de metais por raios-X chamada X-Tract 2.0, com capacidade produtiva de 42.000 toneladas/ano, desenvolvida pela Tomra Recycling Sorting, com sede na Noruega e subsidiária brasileira em São Paulo (SP).


 

De acordo com informações fornecidas pela Alutrade, o material que tem sido obtido a partir da reciclagem das latas, dos recipientes e resíduos oriundos da construção civil processados na unidade, que opera desde o ano passado, já apresenta índice de 99% de alumínio puro. Isso significa que o material reciclado é altamente indicado para a fabricação de peças que poderão dar origem a novos produtos, como barras e blocos metálicos que serão submetidos à usinagem, assim como chapas.


 

O processo

 

Os resíduos de alumínio são processados, em um primeiro momento, em uma unidade de pré-trituração, fase em que são transformados em peças com comprimento de aproximadamente dois metros, no caso de serem barras e/ou chapas, por exemplo. Em seguida, o material é enviado para uma nova fase de trituração em moinho de martelos.

Unidade de reciclagem de alumínio desenvolvida pela Tomra
 

A partir daí, as ligas de alumínio trituradas passam pelo processo de triagem que é feito por meio de um sistema que consiste em um conjunto de ímãs e separadores de correntes. Essa etapa tem como objetivo remover materiais contaminantes que podem influenciar a qualidade das ligas metálicas, impedindo que eles passem para a próxima fase do processo.


E então, os sensores passam a operar para realizar a classificação de pureza do alumínio reciclado. Outro detalhe da unidade X-TRACT 2.0 é que, diferentemente das suas equivalentes lançadas anteriormente, ela tem capacidade para detectar frações de alumínio de até 5 mm. A classificação dos metais é feita com base na diferença de densidade atômica, conforme foi informado à imprensa.


 

A velocidade de trabalho da versão atual da unidade, que consiste em sua capacidade de classificação de metais, é de até 3,8 m/s. Isso também é possível graças aos seus sensores. Ela conta com fonte de raios-X com potência máxima de 1.000 W e câmara de separação estendida. Além disso, as operações na unidade são gerenciadas por meio da plataforma digital Tomra Insight, que proporciona o monitoramento de dados provenientes dos processos produtivos.


 

Oferta de matéria-prima

 

O diretor da Alutrade, Andrew Powell, comentou que o alto grau de pureza do alumínio reciclado obtido na unidade de reciclagem desenvolvida pela Tomra Recycling Sorting é um fator muito importante para a competitividade da companhia. Segundo ele, “isso significa que podemos vendê-lo a um preço muito mais alto, para que o material seja usado na fabricação de novos produtos feitos de alumínio, incluindo produtos metálicos injetados”.


 

Mais informações podem ser obtidas no site das companhias.


 

Imagens: Tomra/Alutrade


 

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#Alutrade #Tomra #ReciclagemdeAlumínio #MáquinaseMetais



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