Uma rede de drenagem pluvial urbana, que dê vazão às águas de maneira eficiente, é essencial para evitar alagamentos e enchentes nas cidades, principalmente nos meses de grande quantidade de chuva.
No Brasil, as prefeituras responsáveis pelos projetos e implantações desse tipo de obra, perceberam que para atingir o resultado esperado e garantir o bom funcionamento das cidades, são necessários materiais adequados, e encontram nas tubulações de PEAD importantes benefícios.
A exemplo do que acontece em outros países, o uso de tubos corrugados de polietileno vem se consolidando no mercado nacional. O material apresenta maior resistência à abrasão, estanqueidade, vida útil prolongada e facilidade de instalação.
Na opinião do especialista em tubos de PEAD e membro da Associação Brasileira de Tubos Poliolefínicos e Sistemas (ABPE), Eduardo Bertella, a aplicação do polietileno será irreversível nas áreas de drenagem urbana e de saneamento. Além disso, vários segmentos da construção civil já entenderam que os tubos de PEAD podem ser utilizados em diferentes obras, tais como rodovias, aeroportos, aterros sanitários, ferrovias, mineradoras, entre outras. Ele observa que, após utilizarem o material, dificilmente retornam às tecnologias até então empregadas.
Bertella ressalta que a produtividade de assentamento do tubo corrugado de PEAD é até oito vezes maior, quando comparada com tubos de concreto de mesmo diâmetro nominal, e acrescenta que o material é muito mais leve e imune ao risco de quebra por manuseio durante a instalação.
Quanto ao desempenho hidráulico, os tubos de PEAD possuem capacidade de vazão cerca de 30% superior à dos tubos de concreto de mesmo diâmetro interno, sendo possível em muitos projetos de conversão de redes em concreto para PEAD, a redução de diâmetros em trechos da rede sem perda da vazão de projeto.
O especialista esclarece ainda que no espaço urbano, devido à necessidade de intervenção frequente no subsolo, é vantajosa a escolha de tubos com resiliência e resistência mecânica. Os de PEAD corrugados são considerados flexíveis e suportam as movimentações de solo sem danificar a rede, sem trincas e mantendo a estanqueidade, o que resulta em baixíssima manutenção de rede. “Os tubos PEAD são denominados autolimpantes, pois não cumulam sedimentos. Em regiões litorâneas e solos ácidos ou de alta salinidade, são altamente recomendados, uma vez que não possuem armação/elementos metálicos sujeitos à corrosão”, explicou.
A resistência à abrasão é outra característica desse tipo de tubulação, assegurando uma vida útil superior a 50 anos, e a sua estanqueidade, quando comparada à dos tubos utilizados nas redes com tecnologias de fabricação mais antigas é significativamente superior. “Mesmo que uma rede de drenagem pluvial deva receber apenas água de chuva, ocorre que no espaço urbano ela acabe recebendo esgoto clandestino, efluentes industriais, líquidos químicos corrosivos e materiais abrasivos”, informou Bertella. Neste caso, a resistência química do material é outro ponto favorável.
Normas técnicas
Segundo Bertella, no Brasil, os tubos PEAD para drenagem e saneamento são fabricados segundo a norma ABNT NBR ISO 21138: sistemas de tubulações plásticas para drenagem e esgoto subterrâneos não pressurizados — Partes 1 e 3. Essa norma define critérios de produto, mas não a metodologia de instalação. Os fabricantes devem orientar quanto à melhor forma de aplicação dos tubos, levando em conta tipo de solo, berço, material de envoltório, aterro, nível de compactação, empuxo, cargas atuantes, etc. Seguindo as recomendações dos fabricantes, o instalador/operador terá uma rede estanque, resistente e longeva.
Foto:ABPE
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