Logicamente, foram feitas adaptações para que isso ocorresse da melhor e mais segura maneira possível. Alguns exemplos consistiram na distribuição de produtos desinfectantes em todos os seus setores/departamentos e, consequentemente, no compartilhamento de informações sobre higienização e prevenção a doenças. Essas mudanças estão influenciando o modus operandi do chão de fábrica e certamente continuarão a fazer parte do seu dia a dia após a passagem da pandemia de Covid-19.
Em entrevista concedida à Plástico Industrial, duas empresas dessa área contaram como estão lidando com o chamado “novo normal”, um conceito que passou de tendência para realidade.
No segmento de rotomoldagem, a fabricante de produtos e moldes Resiplastic intensificou as operações de limpeza de suas linhas de produção. Com os devidos cuidados no que diz respeito ao contato de produtos de limpeza com superfícies e/ou peças de máquinas e equipamentos industriais, a higienização desse setor passou a ser feita com produtos clorados, pelo menos duas vezes por dia.
Além disso, foram instalados ventiladores, exaustores e tapetes sanitizantes em diversos pontos do seu parque fabril, assim como distribuídos equipamentos de proteção individual e frascos contendo álcool em gel.
De acordo com Irenice Silva, coordenadora do departamento de recursos humanos da companhia, a afixação de cartazes contendo orientações e o estabelecimento de comunicação entre equipes por meio de canais digitais também fizeram parte da campanha de combate à disseminação da Covid-19. Foi determinado ainda um distanciamento obrigatório entre os colaboradores durante o expediente.
“Todas as portas devem ficar abertas, tanto das salas como dos galpões, para permitir uma melhor circulação de ar. Todos os colaboradores têm de seguir a atual política da empresa e não podem adentrar o seu local de trabalho sem máscara, ou sem serem submetidos à medição de temperatura corporal”, concluiu.
Já na área de embalagens, a desenvolvedora de bags e bolsas plásticas Embaquim passou a dedicar uma atenção especial a superfícies que estão em constante contato com as mãos, áreas nas quais microrganismos podem permanecer por períodos indeterminados, o que propicia a sua disseminação.
“Contratamos um profissional para se dedicar exclusivamente à higienização de maçanetas, portas, mesas e cadeiras, realizando a sanitização algumas vezes ao dia. Também orientamos a nossa equipe de limpeza a executar a higienização dos setores mais de duas vezes ao dia”, disse Renata Canteiro, diretora técnica da companhia. Segundo ela, foi realizada em um primeiro momento a desinfecção de todos os departamentos.
Em se tratando do chão de fábrica, orientações sobre a higienização do local de trabalho, conforme as atuais diretrizes de órgãos sanitários, passaram a ser compartilhadas por meio de publicações internas e vídeos. Isso também foi feito por intermédio de plataformas digitais.
As medidas de segurança abrangeram ainda o uso de desinfetantes indicados ao combate a vírus e bactérias, aprovados pelo Instituto de Saúde Pública, bem como a adoção de sistemas de ventilação, uso obrigatório de equipamentos de proteção e o fornecimento de bolsas plásticas contendo álcool em gel aos colaboradores.
Demanda de embalagens em alta
A instauração de novas medidas de higienização na indústria deu novo impulso ao comércio de desinfetantes e demais produtos de limpeza envasados em embalagens plásticas.
Segundo informações da Gtex Brasil, empresa que atua neste ramo, as vendas de desinfetantes apresentaram um aumento de 50% desde meados de março último – período que é considerado como o início da pandemia de Covid-19 no Brasil. De lá para cá, algumas linhas de limpadores também tiveram consumo significativamente maior em relação ao índice observado em tempos anteriores à chegada da doença.
Entre os produtos fabricados pela Gtex que foram mais demandados pela indústria manufatureira até o momento estão os desinfetantes da marca Urca. Eles produzem uma barreira de proteção que tem longa duração e são indicados à higienização de superfícies metálicas típicas de máquinas para processamento de plásticos. No entanto, recomenda-se que seja consultado o manual do equipamento.
“O ‘novo normal’ impõe normas de higiene a todos, incluindo as indústrias. O consumo de produtos que ajudam no combate ao coronavírus por parte de empresas continuará alto, uma vez que elas terão de ter cuidado redobrado com seus colaboradores”, disse Marcos Santana, gerente de marketing da companhia.
Os desinfetantes também podem ser utilizados para umedecer tapetes presentes em áreas fabris, visando à descontaminação de calçados.
Foto: Freepik
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