A Apolo Tecnologia em Polímeros, empresa do grupo Marcopolo especializada na produção de peças poliméricas e de alta tecnologia, inaugurou sua nova fábrica em uma área de 5 mil metros quadrados no município de Farroupilha (RS), apostando em uma estrutura fabril de ponta para ampliar a capacidade produtiva, com foco na demanda do mercado por peças plásticas fabricadas com polímeros contendo grafeno em sua formulação, e com potencial para substituir itens feitos em aço.
A nova fábrica processará 300 toneladas/mês de material e resulta de investimentos da ordem de R$ 24 milhões em tecnologia e inovações que a tornarão mais competitiva, além de ações de responsabilidade socioambiental. Neste sentido, a empresa já conta com 60% do quadro de profissionais composto por mulheres e tem investido em iniciativas de sustentabilidade, tais como uma linha de fabricação com baixo ruído (inferior a 55 decibéis), aproveitamento da água de chuva nos processos produtivos e energia fotovoltaica para abastecer todas as instalações. A unidade conta também com a certificação ISO 27001, que assegura o sigilo e a confidencialidade no desenvolvimento dos projetos.
“Apresentamos uma fábrica de ponta para atender à demanda por soluções de alta performance com preços competitivos. Desenvolvemos projetos personalizados para diferentes setores do mercado como companhias do segmento automotivo, indústrias de maquinário agrícola e equipamentos cirúrgicos, entre outros”, explicou André Castilhos (foto), diretor executivo da Apolo.
O novo maquinário instalado na Apolo conta com injetoras híbridas (injeção elétrica e fechamento mecânico), sistemas robotizados para algumas etapas do processo produtivo, o que proporciona uma redução de 20% no tempo de entrega das peças e uma economia de 30% no consumo de energia.
ESG na prática
A preocupação com o impacto ambiental das operações da Apolo é visível já na estrutura interna dos escritórios, cujas paredes foram erguidas com tijolos produzidos a partir de resíduos plásticos. Foram mais de 4 toneladas de resíduos plásticos para produzir 7.500 tijolos.
A unidade é praticamente autossuficiente em termos de consumo de água e energia: cisternas instaladas no telhado para a captação da água de chuva atendem à demanda mensal de 360 mil litros e a água de reuso é abastece processos como resfriamento dos moldes e refrigeração dos motores e máquinas. A empresa utiliza 100% de energia fotovoltaica e a estrutura atual tem capacidade de produzir cerca de 500 kVA por mês.
“Nos baseamos no conceito de sustentabilidade para estruturar nossas instalações. Pensamos em todos os detalhes, desde o reaproveitamento dos resíduos industriais e o uso de soluções livres de componentes tóxicos, como os desmoldantes. Mais do que a qualidade dos nossos produtos, esperamos ser reconhecidos também por nossas iniciativas em prol do meio ambiente”, comentou Castilhos.
Instalada próxima aos bairros Vila Nova e Vila Esperança, a Apolo e a Fundação Marcopolo se uniram para contratar profissionais dessas regiões e contribuir com o desenvolvimento da economia local. Com o apoio do poder público local, os moradores da região contam com o projeto Escola Marcopolo de Criatividade, iniciativa que em 2022 atendeu 360 estudantes, filhos/dependentes de colaboradores da Marcopolo e de suas filiais e estudantes do Projeto Escolas, com foco na capacidade criativa e na formação de cidadãos.
Foto: Apolo
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