A reciclagem química do policarbonato (PC) é tema de pesquisas que estão sendo conduzidas pela Covestro (Alemanha), com subsidiária brasileira em São Paulo (SP). Em sua sede na cidade alemã de Leverkusen, a empresa está trabalhando no desenvolvimento de um processo que converte o policarbonato em monômeros a serem usados na produção de outros plásticos.
Conforme foi informado à imprensa, trata-se de um processo de quimólise que foi adaptado de forma a possibilitar a reciclagem do PC. O objetivo é otimizar o processo para que ele seja realizado em escala industrial, além de fazer com que o polímero reciclado seja reinserido na cadeia produtiva de resinas plásticas. Para isso, a empresa também está planejando a construção de uma planta-piloto que vai integrar o seu parque fabril.
Além disso, paralelamente às ações relacionadas ao projeto, estão sendo feitas pesquisas sobre a reciclagem química do policarbonato em laboratórios gerenciados pela companhia, visando usar os dados obtidos a partir daí em aplicações que serão conduzidas na futura planta industrial. Isso inclui, por exemplo, a realização de processos que consistem no uso de enzimas para “quebrar” as moléculas do PC, e pirólise.
Mais detalhes deste trabalho e, inclusive, da otimização do processo de reciclagem química do policarbonato foram comentados por Markus Dugal, head de tecnologia de processos da Covestro: “resíduos pré-selecionados, com um conteúdo de mais de 50% de policarbonato, podem ser reciclados dessa maneira. Isso já foi demonstrado com sucesso na reciclagem de vários tipos de resíduos contendo este material”.
Já Lily Wang, head de plásticos de engenharia da empresa, mencionou algumas aplicações em que o PC reciclado pode ser utilizado: “matérias-primas desse tipo são necessárias em aplicações com alto grau de exigência como, por exemplo, no setor automotivo, no que tange a requisitos de segurança, transparência óptica e estética, entre outros”.
A empresa pode ser contatada pelo e-mail info@covestro.com.
Imagem: Covestro/Divulgação.
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