A energia solar, para a Agência Internacional de Energia (AIE), terá papel de destaque no médio e longo prazo, e não só entre as renováveis, mas considerando todas as fontes. A conclusão faz parte de longo estudo contido na publicação recém-divulgada da agência, o “World Outloook 2020”, que analisa as principais tendências e influências econômicas sobre o setor para os próximos dez anos.

Para a agência, em todos os cenários considerados, as energias renováveis se mostram as mais promissoras, mas com a solar fotovoltaica ocupando o centro das atenções por conta do amadurecimento da tecnologia, políticas de apoio e o acesso facilitado a financiamento nos principais mercados. Segundo o documento, a fonte é hoje consistentemente mais barata do que novas usinas movidas a carvão ou gás na maioria dos países, demonstrando ter os menores custos de eletricidade já identificados.

No cenário de políticas declaradas do documento, as renováveis atenderiam a 80% do crescimento da demanda global de eletricidade na próxima década. Apesar das hidrelétricas continuarem a ser a maior entre elas, as taxas de crescimento mais altas são da solar FV, depois as das eólicas onshore e das offshore.

Para o diretor executivo da AIE, Faith Birol, a energia solar será o “novo rei” dos mercados mundiais de eletricidade, com base nas configurações de política energética de hoje. Na sua análise, o setor caminha para estabelecer novos recordes de implantação todos os anos após 2022.

Na mesma análise de políticas declaradas dos países analisados, o carvão caminha para cair abaixo de 20% na matriz energética global até 2040 – o que acontecerá pela primeira vez na história desde a revolução industrial. Por outro lado, a demanda por gás natural crescerá, principalmente na Ásia, enquanto o petróleo continuará vulnerável às grandes incertezas econômicas resultantes da pandemia.

Também para Faith Birol, a era de crescimento da demanda global de petróleo chegará ao fim na próxima década. Mas o diretor ressalva que, sem uma grande mudança nas políticas governamentais, não será um declínio rápido. Para ele, uma recuperação econômica global em prazo mais curto do que o esperado empurraria a demanda por petróleo de volta aos níveis anteriores à crise sanitária.

É possível adquirir o documento completo no link: https://webstore.iea.org/world-energy-outlook-2020.



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