A pedido da indústria, o Fundo Clima, programa do governo federal de fomento à transição para a economia verde, admitirá financiamento para projetos de reúso de efluentes e dessalinização de águas salobras ou salinas para fins industriais.
A inclusão foi proposta pela CNI - Confederação Nacional da Indústria e incorporada ao PAAR - Plano Anual de Aplicação de Recursos 2025, aprovado na 6ª Reunião Extraordinária do Comitê Gestor do fundo, no dia 8 de abril, com orçamento de R$ 21,2 bilhões.
Esses recursos serão operados pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Em 2024, as atividades apoiadas pelo Fundo Clima demonstraram a capacidade de evitar a emissão de 86,6 milhões de toneladas de gás carbônico.
Desde 2017, a CNI tem promovido estudos de potencial de reúso em estados como Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul, com a consultoria técnica do CIRRA/USP - Centro Internacional de Referência em Reúso da Água. A iniciativa visa mapear a demanda e a oferta de efluentes tratados para uso industrial, visando o estímulo a investimentos direcionados ao reaproveitamento da água e a redução da pressão sobre mananciais naturais.
“A aprovação dessa proposta fortalece o papel da indústria na busca por soluções sustentáveis para a segurança hídrica. Estudos como o que realizamos em Alagoas, em parceria com o governo do estado, mostram que o reúso de efluentes é uma alternativa promissora para a gestão sustentável dos recursos, contribuindo para a mitigação dos impactos da escassez e do estresse hídrico”, afirma o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima tem até 60 dias após a sanção da Lei Orçamentária Anual para publicar oficialmente o PAAR 2025.
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