A BioBTX (Holanda), desenvolvedora de tecnologia para a fabricação de produtos químicos aromáticos renováveis, anunciou a captação de mais de 80 milhões de euros para lançar sua primeira planta em escala comercial.

 

O investimento financiará a fábrica que utiliza a pirólise catalítica integrada (ICCP de Integrated, Cascade Catalytic Pyrolisis), tecnologia de propriedade da empresa, para a produção de compostos aromáticos sustentáveis a partir de resíduos plásticos e biomassa, com início de produção previsto para 2027. A tecnologia torna possível a produção de compostos químicos aromáticos como benzeno, tolueno e xileno a partir de resíduos plásticos orgânicos e mistos. Esses compostos são convertidos em diferentes matérias-primas para o setor de plásticos.

 

A alemã Covestro, que tem subsidiária brasileira em São Paulo (SP), terá participação no projeto, atuando como parceira estratégica ao lado das investidoras financeiras Invest-NL e Infinity Recycling, também envolvidas no projeto.

 

A unidade poderá converter 20 mil toneladas de resíduos plásticos mistos por ano, e vai marcar a implementação industrial da tecnologia ICCP, que tem sido anunciada nos últimos anos e que permite que resíduos mistos de diferentes fontes de materiais se tornem adequados para o reprocessamento.

 

O investimento na BioBTX é parte do programa de capital de risco da Covestro, no qual a empresa investe em start-ups com produtos, soluções e modelos de negócios inovadores, promovendo iniciativas empreendedoras dentro e fora de seus negócios principais.

 

A parceria com a BioBTX também inclui dois acordos de desenvolvimento conjunto; neles, a Covestro pesquisa novas possibilidades de reciclagem para seus próprios produtos e contribui com conhecimento no campo da digitalização para otimizar o desempenho das plantas de produção.

 

A cooperação entre as duas empresas existe há mais de quatro anos e, juntas, ambas lançaram o projeto Circular Foam, financiado pela União Europeia, com foco na reciclagem de espuma rígida de poliuretano a partir da pirólise.

 

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Imagem: BioBTX

 

 

 

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