Nos últimos anos foi registrada uma queda vertiginosa da participação da indústria no produto interno bruto (PIB), ao passo que o agronegócio assumiu um protagonismo pouco antes visto na composição deste indicador, chegando a representar 23,5%, de acordo com dados de 2017 compilados e divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Para atingir esse desempenho, o agronegócio tem se servido do aperfeiçoamento tecnológico apoiado no uso de artefatos plásticos para auxiliar no plantio, na colheita, na armazenagem e na distribuição de alimentos. De acordo com o inventário bianual feito pela revista Plástico Industrial, 17% dos transformadores têm linhas de produtos voltadas a esse segmento. A pesquisa ranqueou também os processos empregados na fabricação destes itens, os quais foram citados na seguinte ordem: injeção, extrusão, sopro, rotomoldagem e termoformação. Já os dados do Perfil 2017 da Indústria Brasileira de Transformação e Reciclagem de Material Plástico, publicado pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), apontam que 2,89% do volume total de itens plásticos produzidos em 2017 destinavam-se à agricultura, enquanto a Braskem contabiliza 5% de suas vendas de resina direcionadas ao setor.
A forte ligação dos plásticos com o campo fez surgir o termo “plasticultura” para se referir a esse ramo de aplicações cujos interesses são representados desde 1997 pelo Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobapla), uma associação
Estruturas rotomoldadas integram cocho e cobertura para o manejo de rebanhos. Foto: Asperbras
civil com sede na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (SP) que tem trabalhado na elaboração de normas, eventos e publicações visando disseminar o uso dos produtos plásticos no campo.
O relatório mais recente divulgado pelo Cobapla aponta um crescimento médio do consumo de plásticos para cultivo protegido acima da média do PIB nacional (3-4%) no período 2005 -2013, em que foram realizados no Brasil investimentos na ampliação da capacidade de produção de filmes plásticos destinados predominantemente à proteção do cultivo de hortaliças, frutas e flores. Ainda assim, o desenvolvimento do consumo de plástico na agricultura continua baixo (<5%) em comparação ao índice de 10% de países europeus ou do Japão. Isso evidencia o alto potencial do nosso país para o crescimento substancial deste segmento de mercado, levando-se em conta ainda o grande volume de terras agriculturáveis, o aumento da cultura de consumo de alimentos frescos, incluindo hortaliças e frutas, e o custo elevado da terra, que estimula o agricultor a extrair dela a máxima produtividade possível.
É no Estado de São Paulo, de acordo com dados da entidade, que se encontram 50% do cultivo protegido do País, seguido por Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (20%), Minas Gerais com 15% e os demais estados com 15%.
No entanto, ainda há obstáculos ao uso dos plásticos, devido a fatores como a falta de informação do produtor, a resistência à mudança e os custos eventualmente associados a ela e, mais recentemente, o preconceito gerado pelo comprometimento da imagem institucional do material em decorrência de seu descarte incorreto.
O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast, uma parceria entre a Abiplast e a Braskem) elegeu como um dos seus objetivos promover as vantagens do uso desses produtos na agricultura, tendo como uma de suas principais estratégias a participação na feira Agrishow, o maior evento brasileiro de tecnologia agrícola. Na edição de 2019, realizada em abril daquele ano, em Ribeirão Preto (SP), o programa levou ao evento 19 empresas parceiras do setor de transformação e exibiu 25 aplicações dos plásticos, algumas das quais são comentadas a seguir.
Aluminet, da Ginegar: proteção térmica para estufas
Filmes e lonas
Os filmes plásticos voltados para a proteção de cultivo são produtos bastante técnicos, exigindo normalmente a incorporação de aditivos e a composição em múltiplas camadas, de modo a alcançarem o conjunto de propriedades necessárias para o uso a que se destinam. Entre os aditivos que podem ser incorporados às formulações estão antioxidantes, refletores e difusores de luz, antitérmicos e inseticidas.
Seu uso intensivo ocasionou a criação da norma ABNT NBR 15560-1, que trata de características físicas e mecânicas, assim como de métodos de ensaio para filmes de PE usados como cobertura de estufas no cultivo protegido.
Os filmes são bastante empregados na técnica de mulching, já bastante disseminada no País e que consiste na cobertura do solo visando à proteção do cultivo contra intempéries, ervas daninhas e pragas, além de controle da umidade ou temperatura. Seu uso ainda ajuda a reduzir a perda de água, e diminuir a infestação por insetos.
A Ginegar (Leme, SP) é uma das fornecedoras de filmes para mulching e mostrou na última edição do Agrishow a Aluminet, uma manta termorrefletora desenvolvida pela matriz israelense da empresa. Seu objetivo inicial é regular a temperatura de estufas, reduzindo a incidência de radiação infravermelha. No inverno, sua função passa a ser reduzir a saída de ondas térmicas, evitando oscilações e contribuindo para a formação de um microclima equilibrado. Um efeito adicional da sua instalação como cobertura de solo em pomares, por exemplo, é refletir a luz solar na fruta, fazendo com que ela adquira cor e brilho por igual, e consequentemente, maior valor agregado.
A Ginegar possui hoje uma fábrica de telas, onde também são recebidos da matriz e fracionados tanto a Aluminet quanto outros tipos de filmes para mulching, com até cinco camadas, cuja formulação inclui aditivos que favorecem a proteção UV, elasticidade ou permeabilidade ao oxigênio. O aquecimento do mercado pode fazer com que passe a produzi-los no País em um futuro próximo.
Aplicador de filmes para mulching da Agrobras comporta bobinas de 1,20 a 1,60 m de largura
O pequeno agricultor pode aplicar os filmes de proteção manualmente, mas a necessidade de instalação rápida em grandes extensões de terra levou a Agrobras (Machado, MG) a desenvolver um desbobinador/aplicador de filmes para mulching, composto por suportes com freio para o rolo de tubo de gotejamento e para o rolo de filme, rodas de apoio com regulagem de altura e rodas tensoras que favorecem o deslocamento regular do filme. Um espaçador perfurador demarca os pontos em que serão inseridas as mudas. Jean Paul Cousy, diretor comercial da empresa, explicou que o espaço entre os furos varia de acordo com o tipo de cultura. No caso das de curto ou médio prazo, como o melão, usam-se filmes com vida útil média de dois anos. Para as perenes como cafeicultura e fruticultura, há filmes com prazo de validade mais longo.
Cousy comentou também que as recentes alterações climáticas e o desenvolvimento de novas técnicas de cultivo tanto intensificaram quando alteraram o objetivo do uso do mulching. Concebido inicialmente para proteger a cultura e atenuar fatores como incidência de sol, pragas e controle de umidade, ele hoje tem finalidades que vão além, tais como acelerar o enraizamento e o desenvolvimento das mudas ou permitir a adubação por gotejamento, por meio de tubos instalados sob as mantas.
A condensação do orvalho sobre o filme também acaba por promover alterações no regime de rega, devido ao melhor aproveitamento da umidade. O trabalho de capina, tanto manual quanto por meio químico, também é bastante reduzido. Segundo Jean, já foram observados casos em que o tempo de desenvolvimento das mudas diminuiu entre 30 e 40% com o uso do recurso. Ao longo do desenvolvimento da planta, o sombreamento ocasionado pelos arbustos, como é o caso do café, amplia o tempo de vida dos filmes, havendo registros de até cinco anos de duração.
Outra grande fabricante presente na Agrishow via PICPlast foi a Nortene (Barueri, SP), que desenvolveu um filme térmico com aditivos anti-UV para cultivo protegido, o qual regula tanto a transmissão quanto a difusão de luz em estufas, visando reduzir a temperatura para a produção de hortaliças e flores, por exemplo. O uso desse recurso torna possível inclusive a aclimatação de algumas culturas a regiões quentes. Dedicada ao agronegócio, a empresa também possui linhas convencionais de filmes de cobertura e mulching.
Irrigação
A irrigação por gotejamento é outra técnica bastante presente no campo e que conta com os plásticos em sua execução. Tubos de polietileno com proteção UV, como os que foram exibidos no Agrishow pela NaanDanJain (Leme, SP), podem ser usados sob o solo (enterrados) ou suspensos, promovendo o uso racional da água ao permitir que ela seja levada exatamente ao ponto em que é necessária. Este melhor controle pode ainda ser associado à fertirrigação, que usa o próprio sistema de irrigação como condutor e distribuidor de adubos, substituindo o trabalho braçal. A aplicação de fertilizantes em pontos muito específicos pode ser feita em campo aberto, em estufas e na hidroponia. A empresa produz tanto os tubos quanto os acessórios necessários para a sua instalação.
Tubos para gotejamento fabricados pela NaanDanJain
próprio sistema de irrigação como condutor e distribuidor de adubos, substituindo o trabalho braçal. A aplicação de fertilizantes em pontos muito específicos pode ser feita em campo aberto, em estufas e na hidroponia. A empresa produz tanto os tubos quanto os acessórios necessários para a sua instalação.
Silobolsas
Responsável por uma revolução silenciosa na forma de armazenar grãos, o silobolsa está conquistando o campo. Trata-se de um túnel flexível que cria uma atmosfera sem oxigênio, impedindo o desenvolvimento de pragas e insetos, protegendo também de intempéries e aumentando a vida útil de grãos secos, úmidos, feno e fertilizantes sólidos. São produzidos com resinas aditivadas para conferir resistência aos raios UV, elasticidade, resistência mecânica e durabilidade. A facilidade de instalação e transporte simplificam a logística de armazenagem e distribuição dos produtos, com vantagens visíveis em relação aos modelos de material rígido.
De acordo com Luciana Panza Ballura, consultora de desenvolvimento de negócios da Chemours (Barueri, SP), o uso de soluções plásticas como o silobolsa e a silagem de feno crescem, em média, de 20% a 25% ao ano. “Após uma supersafra entre 2016 e 2017, o mercado de silobolsas dobrou em 2017. Neste período foram armazenados, aproximadamente, 16 milhões de toneladas de grãos. O potencial para os próximos anos é de que o consumo desses itens de armazenamento seja oito vezes maior que o atual”.
Luciana explica que os silobolsas têm a mesma função dos depósitos estáticos, podendo armazenar até 250 toneladas. Depois de fechados, funcionam como barreira, ou seja, vedam a troca de ar com o meio ambiente. Com o tempo, os grãos consomem o oxigênio e entram em estado de dormência, com o consequente aumento da sua vida útil. Desta forma, o produtor tem autonomia para decidir o melhor momento para venda da sua produção.
Silobolsa fabricado pela Nortene
A aditivação com dióxido de titânio, produzido pela Chemours, confere a cor branca à parte exterior dos filmes e garante que a luz se espalhe de forma eficiente, mantendo a temperatura no interior do silobolsa e evitando a queima dos produtos armazenados. Este é o caso, por exemplo, dos modelos multicamadas fabricadas pela Nortene.
A Extraplast (Carazinho, RS) produz as silobolsas, mas desenvolveu recentemente os silofardos (Wrap) e os sacos para menores volumes da linha Polybag (foto), compostos por filmes de PE de alta aderência, para preparação de fardos de feno. Com selagem hermética, eles ajudam a manter o valor nutricional do insumo com possibilidade de armazenamento de até 12 meses.
Sacos para feno da Extraplast
A Pacifil (Sapiranga, RS), grande produtora de filmes para o setor agropecuário, também possui uma extensa linha de silobolsas, com comprimentos de até 100 metros e capacidade de armazenagem de até 820 toneladas. Com laboratório próprio para desenvolvimento e controle da qualidade dos filmes, a empresa exporta para diversos países, oferecendo treinamentos sobre o uso dos seus produtos.
Para Herman Moura, presidente da Agrolord (Sorocaba, SP), o silobolsa ainda é um produto inovador no mercado brasileiro, mas aos poucos está substituindo os silos metálicos por ser mais flexível e reduzir significativamente os custos de transporte, armazenamento e perdas durante o processo. A empresa produz o Agrotube, por coextrusão de PEBD, com camada externa branca para refletir a luz solar e com interior preto, para garantir opacidade e proteção dos grãos. Hermeticamente fechado e sem oxigênio em seu interior, ele mantém a qualidade do produto por até 18 meses e é fornecido em versões com capacidade de armazenamento de até 360 toneladas.
Silobolsas da Pacifil têm capacidade de até 820 toneladas
Substituição de materiais na sacaria
Os plásticos têm avançado também no segmento de sacaria, substituindo materiais como juta e algodão com algumas vantagens. A Nova Plast (Nova Odessa, SP), desenvolveu uma linha de sacos confeccionados 100% em PP, denominados Jutex, para acondicionar grãos especiais de café tipo exportação. Os fios de PP são extrudados de modo a adquirir uma textura que lhes confere a aparência da juta, mantendo, porém, propriedades que são típicas dos plásticos, tais como reciclabilidade e resistência à umidade. Modelos para acondicionamento de batatas também são fabricados pela empresa, tendo como destino tanto o mercado interno quanto externo.
Já a Embrasa (Campinas, SP), lançou uma linha de sacaria com corpo em filme de polietileno e capa em ráfia, o que a torna impermeável e transparente, permitindo a visualização do conteúdo. Soldada nas versões com boca aberta ou com válvula, é voltada para os mercados de sementes, fertilizantes, farinhas e nutrição animal.
A solução está nos rotomoldados
Produtos rotomoldados, tradicionalmente usados para embalar líquidos, têm no mercado agrícola um importante destino. A Rotoplastyc (Carazinho, RS), por exemplo, desenvolveu a SpeedMix, uma linha de pré-misturadores para defensivo agrícola, visando aprimorar a forma como o preparo de calda é feito atualmente.
O produto em sua forma concentrada é colocado em um reservatório que gira, de modo a lançar o conteúdo para dentro de um tanque esférico rotomoldado em PE, que comporta até 250 L de água para diluição. O processo de homogenização da calda é feito com o auxílio de uma bomba específica para trabalhos com produtos químicos e o fato de o tanque principal ser esférico e liso assegura o esgotamento total do conteúdo ao final da aplicação, evitando o acúmulo de resíduos. De acordo com o coordenador de marketing da empresa, Gustavo Gonçalez Gomes, o equipamento tem tido boa aceitação, sobretudo por evitar o preparo manual dos produtos, protegendo o preparador da calda contra contaminação e acelerando a execução do trabalho de aplicação.
Saco para café da Nova Plast: 100% PP com aparência de juta
Speed Mix, produto da Rotoplastyc, simplifica o preparo e a aplicação da calda de defensivo agrícola
A Rotoplastyc também desenvolveu tanques de PEAD para diesel e biodiesel, com proteção contra agressão química e intempéries, atendendo aos requisitos da NBR 16443:2017, para fabricação de tanques para armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis.
A divisão de rotomoldagem do Grupo Asperbras (São Paulo, SP) também encontrou no agro um excelente nicho de mercado, tendo como um de seus mais recentes desenvolvimentos um cocho para suplementação mineral de rebanhos bovinos que conta com um telhado para sombreamento. Patenteado, o produto tem toda a sua estrutura rotomoldada em material aditivado para ter alto desempenho e resistir às condições adversas típicas do campo. Em relação a modelos de madeira, tem como grande vantagem a leveza e a facilidade de instalação, que leva entre 30 e 40 minutos.
Cochos fabricados pela Asperbras, incorporados a uma estrutura com pilares e telhado oferecem alimento e sombra para rebanhos. Tudo rotomoldado.
As colunas de sustentação são ocas e devem ser enchidas com 250 litros de água cada, totalizando um lastro de 500 quilos que assegura a estabilidade da instalação. Cada cocho atende à demanda de 70 cabeças de gado.
Hudson Pedroso, representante da empresa na Agrishow, informou que os cochos têm garantia de dois anos, mas sua vida útil é de dez, superando a das versões em madeira a um custo bastante vantajoso. Enquanto o modelo rotomoldado sai por R$ 2.900, o equivalente em madeira custa R$ 4.700. Esses ganhos já se refletem no volume de encomendas da empresa, que comercializou 130 mil unidades em 2018, em esquema de pronta entrega. Se instalados em série, eles oferecem ainda uma ampla área sombreada para a criação.
Destinação correta
Uma das principais preocupações relacionadas ao uso dos plásticos no campo é o destino que eles terão ao final de sua vida útil.
Neste quesito é notório o trabalho do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), uma instituição sem fins lucrativos formada por mais de 100 empresas e nove entidades representativas da indústria do setor, distribuidores e agricultores, que atua desde 2002 na promoção da reciclagem das embalagens de defensivos agrícolas.
Ao longo de seus 17 anos de atividade foram retiradas do campo mais de 500 mil toneladas de frascos. A entidade é a gestora do Sistema Campo Limpo, que tem como base o princípio das responsabilidades compartilhadas entre todos os elos da cadeia produtiva (agricultores, fabricantes e canais de distribuição, com apoio do poder público) para realizar a logística reversa desse tipo de embalagem. De acordo com informações da instituição, o Brasil é referência mundial na destinação ambientalmente correta do material, encaminhando 94% de embalagens plásticas primárias para reciclagem ou incineração.
No caso dos filmes, uma vez utilizados, eles normalmente contêm resíduos de terra, o que dificulta seu reprocessamento. Os destinados à cobertura de estufas normalmente são pouco contaminados, mas bastante degradados pela ação de agentes atmosféricos. Já os filmes de mulching são menos degradados, mas bastante contaminados.
Informações sobre características e a reciclagem de filmes de uso agrícola também estão disponíveis em um arquivo em formato pdf disponível na página do Cobapla na Internet, no endereço: https://bit.ly/2Wd8UQx.
A promoção do plástico no meio agrícola
O Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico (PICPlast), iniciativa criada em 2013 pela Braskem e pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) participou do Agrishow este ano pela sexta vez consecutiva, promovendo o uso dos plásticos no agronegócio de uma forma muito direta: expondo o trabalho de transformadores parceiros para os agricultores e pecuaristas visitantes.
De acordo com Renata Verne, coordenadora de marketing da Braskem e membro do grupo gestor do PICPlast, algumas megatendências têm impulsionado a procura de soluções para aumentar a produtividade no campo. Entre elas estão o consumo de alimentos saudáveis, o aumento da demanda por proteína animal decorrente da ampliação da parcela de classe média nos países emergentes, as mudanças climáticas e o adensamento da população urbana, com a consequente redução da mão de obra no campo.
Os plásticos são importantes neste contexto por promoverem o aumento da produtividade, a redução e o consumo mais racionais de água, insumos e defensivos, propiciando ainda menor necessidade de mão de obra. “Na irrigação por gotejamento, por exemplo, o aproveitamento de água é de 96%, sem perda de fertilizantes, enquanto pela técnica de aspersão, boa parte dela evapora. Já os saquinhos para proteção de frutas permitem eliminar a produção de herbicidas”, exemplificou Renata.
Contatos:
www.ginegar.com.br
www.agrobras.com
www.nortene.com.br
www.naandanjain.com.br
www.chemours.com
www.extraplast.com.br
www.pacifil.com.br
www.agrolord.com
www.novaplast.com.br
www.embrasa.com.br
www.asperbras.com.br
www.artplast.com.br
www.inpev.org.br
www.abiplast.org.br
www.picplast.com.br
www.plasticotransforma.com.br
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