Sondagem mostra a relação atualizada das empresas que processam plásticos pelo processo de injeção, junto com pesquisa de tendência do setor.
Nova pesquisa feita junto aos transformadores por injeção mostrou que aumentou o uso de células robotizadas no chão de fábrica, e também da manufatura aditiva (impressão 3D), utilizada principal mente para o desenvolvimento de produtos.
Levantamento realizado no setor de transformação de plásticos por injeção, para atualização do guia de empresas que atuam nesta área, mostrou que aumentou o uso de tecnologias para manufatura aditiva (impressão 3D) no desenvolvimento de produtos nos parques fabris das empresas participantes. A pesquisa de 2024 apontou que 72,09% delas estão usando manufatura aditiva, principalmente para a realização de prototipagem rápida, enquanto o percentual no levantamento de 2023 era de 54,17%.
Também foi constatado que 27,91% das empresas que colaboraram com a sondagem de 2024 possuem robôs manipuladores. Neste caso, houve uma ligeira redução no uso desse tipo de tecnologia, tendo em vista que o percentual apontado na pesquisa do ano anterior era de 33,33%.
Mas o setor continua a se movimentar em se tratando do uso de robótica industrial no seu dia a dia. Falando da situação atual, 58,33% das entrevistadas contam com de 1 a 4 robôs em suas linhas de produção, enquanto 33,33% possuem de 12 a 25 robôs e um percentual de 8,34% conta com até 36 robôs manipuladores.
Questionadas sobre a presença de células robotizadas em seus parques fabris, 11,62% das companhias afirmaram possuí-las o que indica um aumento do uso desse tipo de tecnologia, já que em 2023 o percentual era de 10,42%. As células robotizadas estão sendo destinadas à execução de tarefas como soldagem, estampagem, contagem e embalamento de peças plásticas, por exemplo. Além disso, 4,65% das empresas informaram que atualmente também utilizam robôs colaborativos na sua produção.
O uso de recursos digitais nos processos produtivos, os quais estão alinhados com os conceitos da Indústria 4.0, também foi um dos tópicos da nova pesquisa. Os recursos de computação em nuvem, sistemas MES (Manufacturing Execution System, ou sistema de gerenciamento de processos produtivos, em tradução livre) integrados a sistemas ERP (Enterprise Resource Planning, ou traduzindo para o português, planejamento dos recursos da empresa), automação robótica e Internet das Coisas (IoT) são os que mais estão em uso em suas plantas fabris.
Também foram mencionados sistemas de cibersegurança, de aprendizagem de máquina (machine learning) e recursos para análise de Big data no ambiente de produção, cujo uso ainda se encontra em menor escala em comparação com os recursos abordados anteriormente. No entanto, 51,16% das participantes do levantamento têm planos de investir em recursos digitais para o chão de fábrica nos próximos anos. Aportes de 3% a 30% do faturamento devem ocorrer nos próximos cinco anos na maioria das empresas. Uma parcela das entrevistadas, porém, pretende fazê-lo no período de dois a quatro anos, ao passo que prazos mais longos estão no horizonte de algumas delas.
A disposição para investimentos em decorrência da Lei da Depreciação Acelerada (PL 2/2024), que visa à modernização do parque fabril brasileiro, foi um dos tópicos da pesquisa de 2024. Perguntadas se a lei vai influenciar os planos de aquisição de novas máquinas e equipamentos para a fabricação de produtos plásticos nos próximos dois anos, cerca de 41,87% das companhias disseram sim, ao passo que 58,13% afirmaram que a lei não vai alterar seus planos de aquisição de equipamentos.