Clínicas, hospitais, consultórios médicos e odontológicos são usuários intensivos de produtos plásticos que são aliados na rotina de cuidados de higiene e prevenção de contaminações. Um levantamento dos fornecedores das resinas especiais para esse segmento foi elaborado com o objetivo de atender às necessidades de informação dos transformadores de plásticos que moldam produtos para este mercado.
Além de possuírem as propriedades necessárias para fazer com que cada componente desempenhe bem sua função, as resinas utilizadas na fabricação de produtos médico-hospitalares precisam cumprir uma série de requisitos que garantem sua qualidade e atoxidade, em aplicações que vão desde pequenas mangueiras e seringas, até órteses e próteses permanentes.
Para elaborar este guia foi feita também uma rápida sondagem junto às empresas participantes, de modo a identificar tendências de mercado. Quando perguntadas a quais segmentos são destinadas as resinas fornecidas, as empresas informaram que aproximadamente 23,07% são voltadas à fabricação de itens descartáveis como EPI’s, curativos, seringas, coletores, etc. Em segundo lugar, 18,88% das resinas fornecidas são destinadas à confecção de embalagens para o setor médico/ odontológico e farmacêutico, seguido por itens descartáveis para hemoderivados (com 17,78%) e instrumentação para os setores médico, hospitalar e odontológico (15,28%). A área de itens descartáveis para hemoderivados, com 10,83%, fica pouco à frente de máquinas para atendimento e diagnóstico nos setores médico, hospitalar odontológico, que utilizam cerca de 10,55% das resinas fornecidas.
Por último, de acordo com a pesquisa, implantes e itens para contato direto com tecido humano utilizam apenas 3,61% das matérias-primas comercializadas no setor de saúde. Este valor é justificado, haja vista que esses procedimentos ocorrem com menos frequência do que as atividades relacionadas aos demais subsetores.
Embora apenas 36% das empresas já verificassem um aumento das atividades em razão de novos recursos para cuidado com a saúde antes da pandemia de Covid-19, cerca de 79% tiveram aumento na procura para fornecer materiais para aplicações médicas. Quase 58% das empresas pesquisadas alegaram que a crise sanitária demandou o desenvolvimento de novos materiais e, do total de empresas, cerca de 63% afirmaram atuar diretamente nesse tipo de desenvolvimento.