Adalberto Rezende, da redação.
Uma planta industrial voltada para a fabricação de placas de polietileno expandido (PEBD expandido), que serão usadas para a produção de calços usados, por exemplo, para proteção de eletroeletrônicos e posicionamento de urnas eletrônicas, será inaugurada no início de 2025 em Ribeirão Pires (SP).
A nova unidade fabril, que já está em construção, é uma extensão da fábrica da Maximu’s Embalagens Especiais, empresa especializada no desenvolvimento de embalagens flexíveis, como plástico bolha, para aplicações nos setores automotivo, construção civil, de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, entre outros. A companhia tem sede no município mencionado acima e filial na cidade mineira de Varginha.
Os investimentos realizados pela empresa incluem a aquisição de uma nova máquina que será utilizada para a fabricação de placas de PEBD expandido, que vai operar na futura unidade. Esse e outros assuntos foram comentados por Marcio Grazino, CEO da Maximu’s Embalagens Especiais, que concedeu entrevista à Plástico Industrial.
Equipamento da Maximu’s Embalagens Especiais usado para a fabricação de plástico bolha. Imagem: Maximu’s Embalagens Especiais.
Marcio explicou que um dos motivos que levou à implantação da unidade fabril, que segundo ele tem inauguração prevista para fevereiro de 2025, foi o aumento da demanda por calços feitos com materiais plásticos.
O executivo revelou que a decisão de comprar uma máquina para a fabricação das placas de polietileno expandido é parte das estratégias da companhia para a centralização de processos. “Antes, nós comprávamos as placas de PEBD expandido de fornecedores, mas quando veio a pandemia de Covid-19, nós iniciamos a elaboração de estratégias centradas na nossa auto suficiência. A nova máquina, que faz parte de uma de nossas estratégias, vai operar na planta que vamos inaugurar no próximo ano”, comentou.
Marcio Grazino, CEO da Maximu’s Embalagens Especiais. Imagem: Divulgação.
Investimento em automação, reciclagem e treinamento.
A implantação de sistemas digitais, sistemas para reciclagem de sobras de processo e treinamento interno são algumas das frentes de trabalho que já estão sendo realizadas na Maximu’s Embalagens Especiais.
Marcio comentou que um braço robótico está sendo usado para a manipulação de plástico bolha: “O nosso braço robótico retira as folhas de plástico bolha da máquina onde foram fabricadas e as encaminha para a esteira de produção. A partir daí, o operador se encarrega de embalar o plástico bolha”.
Além disso, a companhia investiu em automatização de soldagem de plásticos: “Contamos com um equipamento que realiza automaticamente a soldagem de calços de polietileno expandido. Ele consiste em uma mesa que comporta as peças de PEBD expandido que serão usadas para fabricar os calços; essa máquina conta com um robô que faz a soldagem. Antes, isso era feito manualmente, com um dispositivo para aquecimento, e produzíamos uma peça por vez. Agora, com o sistema robotizado, são fabricadas vinte peças no mesmo ciclo de trabalho”, concluiu.
Atualmente, a empresa produz de 700 kg a 1 tonelada de materiais reciclados ao mês, provenientes de sobras de processos (aparas, por exemplo). O CEO também contou que um trabalho de reciclagem de filmes esticáveis (stretch), que são convertidos em sacos para lixo, está sendo realizado em parceria com uma rede de supermercados. De acordo com Marcio, são recicladas de 4 a 7 toneladas de filmes stretch por mês.
Treinamento interno com as equipes da empresa também está sendo realizado. Nesse sentido, os colaboradores são orientados para o uso de tecnologia digital na produção de calços de polietileno expandido. Marcio disse que a empresa está aberta a parcerias com universidades e escolas técnicas: “Fazemos trabalhos conjuntos com instituições de pesquisa e ensino, mas trata-se de trabalhos pontuais. Pretendemos realizar projetos com universidades e escolas técnicas de maneira contínua”, complementou.
De acordo com Marcio, a área total ocupada da fábrica situada em Ribeirão Pires será de 12 mil metros quadrados com a conclusão da futura unidade, e o novo galpão será feito com materiais reaproveitados, provenientes de unidades produtivas que foram desativadas.
O contato com a Maximu’s Embalagens Especiais pode ser feito pelo seu site. Na seção Mercado em nosso site você confere notícias sobre o setor de plásticos.
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