A Federação Internacional de Robótica (IFR) divulgou dados preliminares sobre o consumo mundial de robôs, apontando tendências que deve ser seguidas em países mais industrializados, mas também no Brasil, guardadas as proporções.

 

Pelo sexto ano consecutivo foi registrado aumento das vendas, com aproximadamente 422.000 robôs industriais vendidos em 2018 (6% a mais em comparação a 2017), sendo mais de um terço deles (36%) instalados na China. Até o final de 2018, aproximadamente 2,4 milhões de unidades (15% a mais em relação a 2017) de robôs industriais estavam em operação em todo o mundo, e a previsão para os próximos anos também é de crescimento global: de 2020 a 2022 espera-se que quase 2 milhões de unidades de novos robôs industriais sejam instalados em fábricas em todo o mundo, representando um crescimento estimado de 12% no período.

 

As vendas anuais globais totais atingirão mais de 580.000 unidades em 2022, com a Ásia ocupando a primeira posição tanto em vendas quanto em estoque, seguida pela Europa e pelas Américas.

 

Produtos com ciclo de desenvolvimento e de vida mais curtos, sequências de produção em rede, mercados voláteis e escassez ou alto custo de recursos humanos são alguns dos parâmetros que moldarão a nova economia de mercado e que são levados em conta na estimativa.

 

A federação considera que as tecnologias de robótica inteligente permitirão às empresas reagir às mudanças nas condições de infraestrutura, aos novos requisitos de capacidade produtiva e maior variedade de produtos, que também tendem a se tornar mais customizados.

 

Outras fortes tendências serão a adoção da colaboração operador-robô e a combinação de robôs colaborativos (cobots) e plataformas móveis. Já a conectividade em nuvem será um facilitador para o crescente mercado de leasing de robôs (também conhecido como Robots-as-a-Service, ou RaaS). Esse modelo de negócios tem vantagens para pequenas e médias empresas (PMEs): não exige capital fixo, implica atualizações automáticas e dispensa grandes investimentos na formação de operadores. No entanto, dado o nível relativamente baixo de conectividade digital na manufatura, a robótica em nuvem e o RaaS ainda podem levar algum tempo para se consolidar. Os relatórios completos estão disponíveis para compra pelo site da IFR.

 

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