A implementação de sistemas de inteligência artificial (IA) em processos do cotidiano de parques industriais consta entre os interesses de empresas do ramo de plásticos em se aproximar do conceito de indústria 4.0.
Ações nesse sentido estão mostrando um caminho de possibilidades para quem pretende modernizar o seu chão de fábrica, como é o caso de um novo programa de desenvolvimento em inteligência artificial, que tem seu foco direcionado para o ramo industrial, criado por entidades brasileiras que atuam na área de pesquisa e desenvolvimento.
Trata-se da Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Inteligência Artificial lançada a partir de uma parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Esse programa tem como uma de suas premissas o direcionamento de recursos a empresas e instituições ligadas à indústria.
Em um primeiro momento a rede será composta por 17 unidades da Embrapii pelas quais serão realizadas consultorias sobre temas como, por exemplo, Machine Learning (ou “aprendizado de máquina”, em tradução livre), Internet das Coisas (IoT), Big data, Analytics (ou sistemas de “inteligência analítica”), infraestrutura, entre outros.
Segundo informações das entidades responsáveis pela iniciativa, os recursos são provenientes da Lei de Informática e do Programa Rota 2030, as quais também declararam à imprensa que a expectativa é promover investimentos na casa dos R$ 140 milhões por meio da nova rede.
Algumas informações sobre as modalidades de fomento podem ser conferidas a seguir.
Projetos “tradicionais”: o primeiro tipo de projeto se baseia no conceito que, em média, as empresas recebem 33% de aporte financeiro no portfólio nos projetos por parte da Embrapii – como é tradicionalmente feito nos projetos contratados pelas unidades.
Projetos de encadeamento tecnológico, que envolvem duas ou mais empresas de diferentes portes para soluções: a segunda modalidade tem o objetivo de incentivar a colaboração entre grandes empresas com empresas de menor porte, inclusive com start ups. Nesse caso, o valor financeiro aportado pela Embrapii pode chegar a 50% do portfólio do valor dos projetos desde que ele seja contratado por pelo menos duas empresas e que pelo menos uma delas tenha receita operacional bruta (ROB) igual ou inferior a R$ 90 milhões.
Projeto a pequenas e médias empresas e start ups: o terceiro tipo está voltado para o negócio de menor porte que está arriscando e desenvolvendo novas tecnologias. Pequenas e médias empresas e start ups são importantes atores no avanço tecnológico, muitas vezes investindo em tecnologias com potencial disruptivo. Por isso, a ideia é dar um apoio maior a projetos desse segmento da economia. A Embrapii, então, irá aportar até 50% do portfólio do valor do projeto de PD&I de empresas que tenham o ROB igual ou inferior a R$ 90 milhões.
Ações complementares com start ups – ciclo completo: a quarta modalidade será das ações complementares aos projetos de PD&I de start ups apoiando o ciclo completo de inovação e do investimento tecnológico que está sendo feito entre a empresa e a unidade Embrapii. O trabalho de ciclo completo será realizado com o objetivo de complementar os avanços tecnológicos obtidos nos projetos de PD&I realizados por empresas e Ues, e que tenham recebido o apoio do PPI.
Desenvolvimento de competências estratégicas: a última modalidade, além do fomento a projetos de PD&I, também está direcionada para o desenvolvimento de competências consideradas estratégicas pela Embrapii e MCTI, representado pela SEMPI. A ação tem o foco de permitir que o novo conhecimento e novas capacidades possam ser formadas. O foco é manter as unidades alinhadas com a fronteira do conhecimento. Por sua vez, o desenvolvimento de competências estratégicas sempre terá o foco de ser utilizado com os projetos de inovação do setor produtivo, nos moldes descritos acima. Com isso, espera-se manter a competência técnica nacional atualizada e apoiando a competitividade das empresas no País.
Ainda em declaração à imprensa, as partes envolvidas informaram que esses projetos receberão o apoio de serviços de assessoria e consultoria, qualificada em inovação, conforme autorizado pelo Decreto 5.906/2006, que define o escopo de atividades de P&D em que os recursos podem ser utilizados.
Mais informações podem ser obtidas aqui. Conheça também as novidades em impressão 3D que poderão contribuir para a modernização da indústria de plásticos e de sua cadeia produtiva.
Foto: Freepik
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