Estudo feito pela W4Chem, empresa de inteligência de mercado, sediada em Porto Alegre (RS), com exclusividade para a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), indica que a indústria de embalagens flexíveis apresentou desempenho superior ao da indústria como um todo no 3º trimestre do ano.

 

Levantamento mostrou melhora do ramo de embalagens plásticas

 

A justificativa reside na aplicação das embalagens flexíveis em itens de primeira necessidade, como alimentos, bebidas, varejo, entre outros. “Especialmente o setor de alimentos manteve o bom desempenho verificado nos últimos meses, ou seja, praticamente inalterado mesmo com a pandemia de Covid-19. Inclusive, houve momentos em que itens de indulgência, como doces e snacks, foram largamente consumidos, favorecendo as embalagens flexíveis”, relata o empresário Rogério Mani, Presidente da Abief.

 

 

“Enquanto no 2º trimestre o desempenho da indústria de embalagens flexíveis foi impulsionado por produtos essenciais, como alimentos, higiene e limpeza, no 3º trimestre a recuperação foi mais generalizada e os consumidores voltaram a comprar outros itens, impulsionados, por exemplo, pelo auxílio emergencial”, completa Rogério.

 

 

Neste cenário, o setor de flexíveis registrou uma produção de 562 mil toneladas, uma alta de 8,8% em comparação ao trimestre anterior. No acumulado de janeiro a setembro de 2020 a produção chegou a 1,588 milhão de toneladas; as importações totalizaram 50 mil toneladas e as exportações 94 mil toneladas.

 

A indústria de alimentos continuou sendo o principal cliente e absorvendo 203 mil toneladas. Na sequência, aplicações industriais, com um consumo de 98 mil toneladas de embalagens flexíveis; descartáveis e bebidas, 68 mil e 56 mil toneladas respectivamente.

 

 

As embalagens multicamadas são as mais representativas no universo das flexíveis, respondendo por 185 mil das 562 mil toneladas produzidas no 3º trimestre de 2020. A segunda maior aplicação vem das embalagens monocamada, com 154 mil toneladas, as quais são seguidas por filmes termoencolhíveis (shrink), com 75 mil toneladas.

 

Foram produzidas 10% mais embalagens com polietileno de baixa densidade (PEBD) e polietileno linear de baixa densidade (PEBDL) no 3º trimestre em comparação ao 2º, representando 416 mil toneladas. Com polietileno de alta densidade (PEAD) a alta foi de 8,3% (65 mil toneladas) e com polipropileno (PP) mais 3,7% (81 mil toneladas). Matérias-primas recicladas tiveram uma participação de 5% (30 mil toneladas) no volume total (562 mil toneladas).

 

 

“O desempenho do setor só não foi superior porque vivenciamos, no período avaliado, uma redução drástica da oferta de matérias-primas como resinas e outros insumos (aditivos e pigmentos) e embalagens de outros tipos (caixas de papelão). As indústrias do setor atuaram com estoques reduzidos, o que comprometeu a produção”, pontua Rogério Mani. Mesmo assim, a consultoria W4Chem estima que as vendas internas de poliolefinas tenham aumentado cerca de 23% no 3º trimestre em comparação ao 2º de 2020, e 1% na comparação com o 3º trimestre de 2019.

 

“A indústria petroquímica nacional foi favorecida pelo desabastecimento mundial de resinas termoplásticas, por isso o recorde de vendas em agosto e setembro. Mas lembramos que a oferta restrita de resinas no mercado interno resultou em momentos difíceis para algumas empresas produtoras de embalagens, que necessitaram buscar matérias-primas alternativas”, finaliza o presidente da Abief.

 

 

Confira mais informações em nossos guias, os quais trazem dados sobre máquinas e equipamentos desenvolvidos para o processamento de embalagens feitas em plásticos.


 

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