Por mais capacidade que o mercado tenha de se autorregular, há setores que não destravam sem o estabelecimento de políticas públicas. Afrontas verbais e obtusidade à parte, o fato é que a agenda econômica do governo segue em frente e deliberações recentes têm trazido esperança para alguns segmentos da indústria.
Nos últimos meses duas decisões sinalizaram melhores dias para o setor de plásticos: o novo marco regulatório do saneamento, que promete movimentar o segmento de tubos, e a aprovação do acordo setorial de logística reversa para eletroeletrônicos, que deverá estimular a revalorização desses itens, tocando diretamente os recicladores de material plástico.
A reboque dessas novas medidas deverá ocorrer no médio prazo um aumento da procura por bens de capital, matéria-prima e conhecimento técnico para garantir o bom funcionamento desses mercados. Na matéria especial que começa na página 12 há informações sobre como o setor de tubos está se organizando para fazer frente a uma enorme demanda reprimida, com perspectiva de atividades pelos próximos 14 anos, pelo menos.
Já na seção de Reciclagem, na página 54, estudo de caso aponta como uma empresa se preparou nos últimos anos para colher frutos no novo cenário da reciclagem de produtos eletroeletrônicos ao final de sua vida útil. E antecipando-nos à procura por literatura técnica sobre a reciclagem desses produtos, publicamos também, na página 32, um artigo técnico sobre a revalorização de poliamida contendo agentes retardantes de chama.
Este material, encontrado tipicamente em eletroeletrônicos, por ser de difícil separação, normalmente era encaminhado para a queima. Mas esta realidade deve mudar com base no desenvolvimento de tecnologias que tornem possível o seu reaproveitamento e que estão alinhadas com os princípios da economia circular, tão caros às empresas preocupadas em atuar de maneira responsável.
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