A Spiltag, fabricante de embalagens PET situada no município de Marília (SP), acaba de lançar uma linha de frascos plásticos desenvolvidos para o envase de vacinas, os quais têm capacidade de suportar temperaturas de -194 ºC a 136 ºC e apresentam propriedades de resistência mecânica superior à de materiais convencionais.

Frascos para armazenar vacinas contra a Covid-19 serão fabricados no Brasil

Os recipientes serão produzidos em versões de 2 mL, 5 mL, 10 mL, 15 mL, 50 mL e 100 mL a partir de um polímero desenvolvido no Japão, que pertencente à marca Spiltech – empresa voltada para o desenvolvimento de embalagens plásticas para a área médica que integra o grupo industrial da Spiltag.

 

O material polimérico que servirá de matéria-prima para os frascos apresenta ainda características que proporcionam um baixo risco de interações químicas e baixa adsorção de proteínas, além de “superar, inclusive, os desafios relacionados aos medicamentos como, por exemplo, a delaminação, que é uma espécie de descolamento de camadas muito comum nos frascos de vidro”, conforme explicou Gustavo Spila, CEO da Spiltag.

 

Segundo o executivo, os frascos poderão ser usados para o acondicionamento de vacinas que usam RNA, tais como as da Pfizer/BioNTech e Moderna. “O alto nível de impermeabilidade de nossa tecnologia fornece uma solução mais segura quanto à pureza e eficácia do produto. Além disso, os frascos serão entregues esterilizados e pré-testados, mais uma forma de garantir agilidade e alta qualidade ao processo de envase”.

 

A companhia informou em comunicado à imprensa que a estimativa é produzir 100 mil frascos/dia. Também foi mencionado que o uso do polímero Spiltech possibilita um aumento de 60% na velocidade de produção.

 

“Há uma redução significativa da operação e o frasco de plástico pesa menos da metade do de vidro. É um processo menos custoso à medida que utiliza 50% menos água e energia, e ocorre em um sistema muito mais sustentável e menos poluente”, disse Gustavo.

 

Ele salientou que essa iniciativa visa atender à demanda de embalagens plásticas para o acondicionamento de vacinas para imunização contra a Covid-19, além de outros medicamentos, incluindo os desenvolvidos para a área de veterinária. Será investido U$ 1,5 milhão nesse projeto.

 

Mais informações podem ser obtidas aqui e em nossos guias, entre os quais estão o de sopradoras, detectores de furos em frascos e de máquinas para moldar tampas por compressão.


 

Foto: Frascos plásticos para envase de vacinas que serão fabricados em escala industrial pela Spiltag.

 

 

Conteúdo relacionado:

Materiais antimicrobianos poderão ser produzidos em escala industrial

Acordo trará mais plásticos biodegradáveis ao Brasil

 

#Spiltag #Vacina #Spiltech #Covid-19 #Plástico



Mais Notícias PI



Bioplásticos e embalagens antimicrobianas em projeto

Consórcio vai promover o desenvolvimento de biopolímeros para a fabricação de embalagens com ativação contra microrganismos.

25/10/2022


Filme se torna autoesterilizante ao ser exposto à luz

Pesquisadores de universidade irlandesa desenvolveram um filme plástico fino e flexível cuja capacidade de autoesterilização é ativada pela luz.

13/09/2022


Investimento no setor de filmes de PVC

Empresas do ramo de filmes plásticos e de laminados sintéticos se unem para produzir embalagens para o ramo farmacêutico.

09/08/2022