A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), lançou o Basic Funding Embrapii, uma nova modalidade de fomento disponibilizada pela organização voltada a projetos de P&D na fase pré-competitiva, com objetivo de impulsionar projetos de inteligência artificial (IA) com a criação de consórcios entre centros de pesquisas e a indústria nacional.
De acordo com informativo de imprensa publicado pela entidade, os consórcios têm potencial de ampliar a parceria entre setor empresarial e academia pois envolvem, no mínimo, duas unidades Embrapii – integrantes da Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Inteligência Artificial – e, ao menos, duas empresas associadas. A proposta é investir no conhecimento para desenvolver tecnologias disruptivas.
Em 2021, serão investidos R$ 3 milhões no desenvolvimento de projetos aprovados, divididos igualmente em três áreas, sendo: deep learning; aprendizagem de máquina e ciência de dados; e visão computacional, processamento de imagens e linguagem natural. A expectativa é gerar conhecimento que possa ser absorvido por diferentes segmentos econômicos.
Para Jorge Almeida Guimarães, diretor-presidente da Embrapii, “A aplicação de inteligência artificial na indústria tem se mostrado crucial para o ganho de competitividade e aumento da produção. Ter o domínio da tecnologia permite ao Brasil avançar no tema e na modernização do parque industrial”.
Os consórcios que desenvolverão os projetos aprovados podem ser firmados por empresas do mesmo setor, da mesma cadeia produtiva, ou até atuantes em diferentes áreas, desde que compartilhem o mesmo desafio tecnológico e estejam dispostas a aportar recursos financeiros que representem ao menos 10% dos recursos aportados em basic funding pela Embrapii nos projetos. Há também o interesse em aproximar start-ups do processo produtivo de empresas consolidadas no País.
Ainda de acordo com o executivo, a cooperação entre empresas ainda não é comum no País, apesar de bastante praticada em outros países. “A inovação colaborativa traz múltiplas vantagens: divisão de esforços, de conhecimento e de custos e riscos em um âmbito pré-competitivo”.
Um levantamento realizado pela própria Embrapii, com 164 empresas brasileiras, revelou que 76% dos gestores acreditam que a IA terá alto impacto na competitividade de seus negócios. Quando perguntados se “a empresa já utiliza algum sistema ou ferramenta com IA”, 24,7% responderam que não. Entretanto, 94,5% consideram a possibilidade de fazer projetos de P&D, em parceria com centros de pesquisa de inovação em IA. Ou seja, gostariam de ter acesso à infraestrutura e aos recursos financeiros não reembolsáveis, que podem chegar a até 50%.
(Foto: Embrapii)
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