O Instituto Tecnológico del Plástico (Aimplas), sediado na Espanha, coordenou o projeto europeu Life Ecomethylal, que resultou na construção de uma fábrica capaz de extrair até meio quilo de metilal a cada quilo de resíduos não recicláveis processados, por meio da reciclagem química. O material obtido pode ser usado como solvente e como matéria-prima para a produção de novos plásticos e aditivos.
O projeto teve como foco a recuperação de resíduos, principalmente, dos setores automotivo, elétrico e eletrônico e de embalagens, por meio da reciclagem química, que consiste num conjunto de processos térmicos, químicos e biológicos com o objetivo de atingir a meta de zero resíduos, em consonância com a economia circular. Um vídeo explicativo sobre o projeto pode ser assistido a seguir.
O projeto Life Ecomethylal resultou, recentemente, na construção de uma usina de reciclagem química capaz de converter um quilo de resíduo classificado como “não reciclável” em meio quilo de metilal (C3H8O2), uma substância que pode ser utilizada como solvente e como precursora para a produção de novos plásticos.
A também espanhola BluePlasma Power (BPP) foi a empresa responsável por implementar a reciclagem química usando o processo CHGP em nível de planta piloto. O resultado do projeto foi uma pequena planta modular que está em operação, desde o final de 2019, em três locais diferentes: Castelló e Ibi, na Espanha; e Rijeka, na Croácia. No processo, é utilizado um tipo de craqueamento térmico conhecido como processo catalítico de hidro-gaseificação por plasma (CHGP) e, de acordo com o instituto, é eficaz na recuperação de resíduos das indústrias automotiva, elétrica e eletrônica e de embalagens.
As vantagens da nova planta piloto incluem o fato de ser móvel e modular, de fácil transporte, montagem e adaptação a diferentes tipos de resíduos. Essas características foram validadas durante o desenvolvimento do projeto e também foi confirmado que o pré-tratamento de resíduos usando a reciclagem mecânica ajudou a produzir resultados melhores.
Além do Aimplas e BPP, também participaram do projeto as empresas sediadas na Espanha, Acteco (voltada para a recuperação de resíduos industriais, perigosos e não perigosos) e Airesa (centrada na compra e venda de plástico reciclado), bem como a empresa croata Mi-Plast, que atua na produção, distribuição e reciclagem de embalagens de PE.
(Foto: Aimplas)
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