A demanda por embalagens plásticas que atendam às necessidades do consumidor diante das mudanças impostas pela atual crise sanitária é um assunto que segue influenciando o trabalho de desenvolvedores e transformadores dessa área. Assim como suas versões flexíveis, as embalagens plásticas rígidas seguem desempenhando um importante papel no fornecimento de produtos diversos como alimentos, bebidas, vacinas, medicamentos, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, itens de uso doméstico, entre outros.
E a configuração e as propriedades de embalagens rígidas são assuntos que ganham cada vez mais relevância no setor de e-commerce, segmento que segue em ritmo acelerado desde o advento da pandemia de Covid-19. Isso traz oportunidades para fornecedores de aditivos e cargas para plásticos – pensando em aplicações que visam à obtenção de embalagens com propriedades antivirais, por exemplo –, para desenvolvedores de moldes e matrizes, assim como para os demais setores da cadeia produtiva de polímeros.
O ramo de embalagens feitas em poliestireno expandido (EPS) é um dos que têm visto no comércio digital um caminho para ampliar a oferta de seus produtos. A Termotécnica (Joinville, SC), empresa que atua nesse segmento, divulgou que além dos fornecedores de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, outras áreas têm figurado entre os principais consumidores de suas embalagens feitas em EPS desde o início da pandemia. Além disso, Nivaldo Fernandes de Oliveira, diretor-superintendente da empresa, em entrevista concedida à revista Plástico Industrial, contou como a crise sanitária trouxe consequências positivas para esse setor.
Segundo ele, segmentos como o de fármacos, do agronegócio, de armazenamento de alimentos e automobilístico passaram a figurar no ranking dos principais consumidores de embalagens confeccionadas em poliestireno expandido durante o período pandêmico, junto aos fornecedores de peças e componentes para linha branca ou marrom que já absorviam volumes expressivos desses produtos antes disso.
“Contrariando todas as previsões, a demanda de EPS nesses segmentos aumentou durante a pandemia. Isso porque as embalagens feitas em EPS são bastante apropriadas para transportar, proteger e acondicionar vacinas, medicamentos, alimentos e bebidas, além de diversos produtos adquiridos por e-commerce como artigos frágeis, louças e cristais”, disse Nivaldo.
As propriedades do EPS também proporcionam vantagens para estabelecimentos que comercializam produtos com retirada agendada, modalidade conhecida como “take away” (termo em inglês que em tradução livre significa “remover”). Os benefícios proporcionados pelas embalagens neste caso consistem em resistência ao impacto e à vibração, bem como alto isolamento térmico.
“As embalagens fabricadas em EPS proporcionam ganhos consideráveis aos clientes, muitas possibilidades de comercialização por meio de varejo digital, além de garantir total integridade e funcionalidade do produto para o consumidor”, concluiu o executivo.
Negócios no pós-pandemia
A ampliação de redes e programas de logística reversa e reciclagem de embalagens fabricadas em poliestireno expandido consta do planejamento da Termotécnica para os próximos anos. De acordo com Nivaldo, as ações previstas incluem o desenvolvimento de novas parcerias para expandir frentes de trabalho voltadas para a captação de EPS pós-consumo, em conformidade com conceitos de sustentabilidade.
Ele também falou sobre tendências da comércio de produtos feitos em EPS por meio de canais digitais: “Acreditamos que esse é um caminho sem volta. O hábito de comprar por e-commerce será algo permanente e as embalagens terão um papel fundamental. No caso do setor de alimentos, por exemplo, haverá um incremento ainda maior no e-commerce de produtos in natura. Com o aumento da preocupação com a segurança sanitária, cada vez mais os consumidores querem os produtos prontos para consumo, evitando ao máximo a sua manipulação”.
Imagem: Termotécnica
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