Naturalmente isolantes, os materiais plásticos são usados também em funções nas quais é mais desejável que eles aditivados para se tornarem condutores de eletricidade. Descargas eletrostáticas não controladas, se acumuladas, podem levar à ignição e explosão de atmosferas inflamáveis, ou ainda, a problemas operacionais nos processos de fabricação e manuseio de materiais, além de choques eletrostáticos em pessoas ou mau funcionamento e quebra de componentes e equipamentos eletrônicos.
Já os plásticos condutores, quando aterrados, possuem potencial de ignição zero, e por isso são o material mais indicado para aplicações nos ambientes em que devam ser eliminados os riscos relacionados à eletricidade estática, tais como a indústria automotiva, embalagens para eletrônicos ou no ambiente da mineração. São estes os principais segmentos usuários dos compostos condutores Pre-Elec, desenvolvidos pela finlandesa Premix e baseados em PP, PE, PS, ABS, PC, PC/ABS, PA, PBT, TPU e TPE, que estão sendo comercializados no mercado brasileiro pela Princeton-Lemitar (São Paulo, SP).
Associando a facilidade de moldagem dos materiais plásticos à condutividade elétrica que é típica dos materiais metálicos, os compostos têm sido usados na indústria automotiva para a fabricação de tubos condutores de combustível, por serem leves, fáceis de processar e seguros em termos de ignição por vapor. Conforme informado por Daniel Amaral Souza, gestor de desenvolvimento da Princeton, ele atualmente é usado também na fabricação de tubos e mangueiras para uso em sistemas de iluminação em minas de cobre, no Chile, por garantir a segurança ocupacional em ambientes em que há acúmulo de partículas no ar.
Nas embalagens para eletrônicos, os materiais plásticos condutivos e dissipadores de eletricidade estática protegem os componentes contra descargas eletrostáticas não controladas, reduzindo a incidência de falhas ocultas e garantindo maior vida útil para dispositivos eletrônicos.
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