Uma central de triagem localizada em Igarassu, ao norte de Recife (PE), está recebendo anualmente cerca de 250.000 toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) e recuperando mais de 12.500 toneladas de materiais recicláveis, produzindo ainda cerca de 50.000 toneladas de combustível derivado de resíduos (CDR).
A instalação foi equipada com três unidades do sistema de seleção Autosort, da norueguesa Tomra, em uma linha de triagem dedicada à a recuperação de plásticos, incluindo polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno (PP), tereftalato de polietileno (PET) e plástico filme de polietileno (PEBD), com processamento em alta velocidade e grande volume, atingindo elevados níveis de pureza.
O material de entrada geral – resíduo bruto na forma como sai das residências - é submetido a diversos processos mecânicos, tais como abertura de sacos, peneiramentos, triagem manual e separação em diferentes fluxos de material. Como parte desse processo, os sistemas de seleção ejetam os plásticos que serão reciclados conforme o tipo, e posteriormente este material é selecionado por cores manualmente.
A sofisticada tecnologia de seleção por radiação próxima do infravermelho, que é típica do sistema Autosort, é capaz de identificar e separar com precisão e rapidez diferentes materiais de acordo com propriedades específicas, extraindo frações finais de alto valor e alta pureza que permitem obter preços de mercado mais altos pelos resíduos. No total, a planta do Ecoparque Pernambuco tem capacidade de processar 35 toneladas por hora de resíduos sólidos urbanos de residências e empresas da região.
Nielson Ximenes, gerente industrial, comentou que “o Ecoparque-PE foi a primeira unidade de triagem mecanizada com produção de CDR a partir do lixo urbano bruto a entrar em atividade na América Latina. A equipe da Tomra participou de todo o start up da planta, proporcionando treinamento de triagem ao colaboradores.”
Carina Arita, gerente comercial da Tomra no Brasil, acrescentou que a empresa tem dedicado os últimos dez anos à tropicalização das soluções de triagem baseada em sensores. “Estamos muito felizes por termos sido escolhidos pelo Ecoparque-PE para implementar nossa tecnologia nessa instalação inovadora e disruptiva para o mercado brasileiro, que não apenas valorizar os recicláveis com grande escala e qualidade, mas também está preparada com flexibilidade capaz de se adaptar a quaisquer mudanças do mercado no futuro”, concluiu.
Foto: Tomra
Conteúdo relacionado:
ESG na prática no setor de plásticos
Banco de dados global e interativo terá informação sobre resina reciclada
#ESG #EcoparquePernambuco #Tomra
Mais Notícias PI
Garrafas feitas com PET produzido a partir de óleo de cozinha usado começam a ganhar mercado ainda este mês, no Japão. A inovação envolve várias empresas da cadeia química.
13/11/2024
O instituto espanhol Aimplas está à frente do projeto Rewind, que tem como premissa a reutilização de materiais compósitos presentes em pás eólicas.
29/10/2024
Empresas formaram parceria para comercializar na América do Sul resinas feitas com plásticos reciclados e biomateriais.
29/10/2024