A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou dados provenientes do seu levantamento anual, levando em conta o desempenho anual do setor, entre os meses de dezembro de 2020 e de 2021, que mostrou que os fabricantes de maquinário industrial encerraram o ano passado com um faturamento 21% superior ao observado em 2020.
O ano de 2021 foi também o quarto consecutivo a apresentar desempenho positivo nas receitas de vendas do setor, registrando-se a continuidade da recuperação da crise encerrada em 2017, período em que os investimentos no País recuaram a níveis historicamente baixos, quando a receita média de vendas foi da ordem de R$ 13,7 bilhões ao mês. Em 2021, embora ainda esteja abaixo do pico de desempenho do setor, ela subiu para o patamar de R$ 18,5 bilhões mensais, conforme mostra o gráfico abaixo.
Na comparação entre setores, o ramo de máquinas para a indústria de transformação, o que inclui os equipamentos para o setor de plásticos, foi um dos que tiveram melhor desempenho, com um aumento da receita da ordem de 31,8%, atrás apenas dos segmentos de máquinas para logística e construção civil (62,5%) e para agricultura (37,8%).
Já as exportações registraram forte recuperação em relação a 2020. A comparação entre o mês de dezembro de 2021 e o mesmo mês do ano anterior revelou um crescimento de 46,4%, representando 24,4% das vendas do setor. Os principais destinos das máquinas brasileiras foram países da América Latina (51,5%), além da China, Estados Unidos e países da Zona do Euro.
Importações em alta equilibram a balança comercial
A pesquisa da Abimaq revelou também que o mercado brasileiro teve mais interesse em adquirir maquinário estrangeiro. Na comparação interanual foi registrado um crescimento de 26,7% deste indicador. Os números divulgados mostram que as importações de máquinas e equipamentos se estabilizaram no nível observado antes da pandemia de Covid-19, com negócios girando em torno de US$ 1,8 bilhão por mês.
De acordo com a entidade, a recuperação da atividade econômica trouxe mudança na dinâmica dos investimentos, e com ela o aumento também na aquisição de máquinas importadas, tendo como principal país de origem a China (gráfico ao lado).
As importações oriundas do país oriental cresceram 53,8% permitindo a sua consolidação na posição de líder, com mais 25% das compras totais de máquinas pelo Brasil. No mesmo período, as compras vindas dos EUA recuaram 7,2%, levando o país a ocupar a segunda posição (17,9% de participação), e as importações da terceira colocada, Alemanha, cresceram 11,7%. As maiores taxas de importação ocorreram nos setores de construção civil (55,3%), indústria de transformação (34,6%) e agricultura (34,5%).
Em comunicado à imprensa, Paulo Castelo Branco, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), comentou a respeito da alta das importações de equipamentos: “com isso, o setor pode se reforçar com produtos que não existem no mercado nacional, a fim de elevar a competitividade, gerar novos empregos e reaquecer a produção industrial brasileira”.
Mais informações podem ser obtidas aqui. A seção de guias da revista Plástico Industrial também traz dados sobre fornecedores de equipamentos e serviços no Brasil.
Gráficos: Abimaq / Imagem: Pixabay
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