Um recente estudo da Jetro, organização de fomento ao investimento e ao comércio exterior do governo japonês, revelou que 55,8% das multinacionais nipônicas com negócios em terras brasileiras planejam expandir suas atividades até 2023. Entre elas encontram-se muitas fornecedoras de equipamentos para o ramo de plásticos, tais como injetoras e sopradoras.
O número obtido pela pesquisa, realizada entre agosto e setembro de 2021 com base em questões de múltiplas respostas, supera em 13,3% os 42,5% que haviam sido registrados no levantamento anterior e representa o maior índice entre os países latino-americanos incluídos no estudo.
Questionadas sobre a motivação dos planos de expansão e as atividades específicas a serem promovidas, 95,2% das empresas apontaram o aumento das vendas no mercado interno e 88,1% indicaram que pretendem ampliar as atividades comerciais. O bom indicativo para essa expectativa é que no mesmo levantamento, 49,5% das companhias têm a perspectiva de obter em 2022 resultados melhores do que em 2021.
No Brasil, 35,7% do total de empresas japonesas já redefiniram ou pretendem reformular suas estratégias de vendas. Entre elas, 52,5% declararam que a reformulação se baseará em um “aumento dos preços”. Isso se deve em grande parte à escassez de componentes e matérias-primas decorrente da alta no frete internacional e da falta de contêineres provocadas pela pandemia, além da desvalorização do real e do aumento da inflação.
De acordo com o presidente da Jetro no Brasil, Hiroshi Hara, os setores que os japoneses mais esperam expandir são os de máquinas e equipamentos, trading companies e empresas de vendas por atacado. E entre os setores mais promissores, na visão das companhias, estão os de bens de consumo, produtos de higiene pessoal e de cuidados com a saúde. Além disso, o agronegócio, a mineração e as atividades voltadas para o meio ambiente são áreas que despertam bastante interesse das empresas japonesas.
Japão, um grande parceiro
A pesquisa também revelou que 73,2% das empresas japonesas no Brasil consideram o “tamanho do mercado e o potencial de crescimento” uma vantagem do ambiente brasileiro de investimentos. Em 2019, o percentual de empresas com a mesma opinião era de 65,2%. Em 2020, a proporção era de 69%. Isso sugere que a percepção de que o Brasil possui um grande potencial não diminuiu, apesar da crise da pandemia.
Foto: DepositPhotos
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