A Plastiweber, empresa de embalagens e polímeros circulares, lançou o projeto Cooperativa Mais Circular, que tem o objetivo de fortalecer a cadeia de coleta de plástico pós-consumo. O programa já fechou parceria com cinco cooperativas no Rio Grande do Sul, oferecendo treinamentos e orientações aos funcionários administrativos e operacionais desses centros.

 

Por meio da estrutura do Cooperativa Mais Circular, a empresa beneficia atualmente cerca de 200 trabalhadores de reciclagem e consegue coletar, junto às cooperativas, cerca de 270 toneladas de plástico ao ano, em média – número que corresponde a 3% do total de material processado pela companhia. Quase o total do volume restante é reciclado a partir de processos de logística reversa com outros parceiros. Por meio dessa iniciativa, a empresa homologa as cooperativas como fornecedoras e compra o plástico pelo preço de mercado, ajudando-as a melhorar seus resultados.

 

A meta da companhia é expandir o programa e, para 2023, espera conseguir parceria com 25 cooperativas, envolver cerca de mil coletores no trabalho e atingir a marca de três mil toneladas de plástico compradas nesses pontos anualmente. O Cooperativa Mais Circular faz parte do projeto NatureCycle, que reforça o plástico como um ativo econômico, benefício ao meio ambiente e gerador de impacto social positivo aos envolvidos com o trabalho. Além dos treinamentos e capacitações, a Plastiweber também conecta as cooperativas com compradores que pagam valores mais altos pelo resíduo, apresenta os catadores a outros projetos que oferecem bonificações por volume de material entregue e os orienta na busca por incentivos fiscais e cursos de capacitação.

 

De acordo com a gestora do projeto, Andréia Queiroz, alcançar escala no contexto da economia circular só será possível com a qualificação de todos os atores da cadeia. “Como uma empresa que trabalha com a reciclagem do plástico, nós precisamos de um volume cada vez maior de material para expandir nossas operações, chamar a atenção da indústria para o valor da resina reciclada e consolidar a lógica circular no sistema produtivo. Desse modo, não podemos ignorar que parte essencial do processo está nas cooperativas de reciclagem, com o trabalho dos profissionais que coletam e nos vendem o plástico. Por isso, queremos ajudar a estruturar melhor a operação, capacitar as equipes administrativas, dar insights do mercado e educar os funcionários para potencializar a operação. É uma forma de valorizar o setor e fortalecer os elos necessários à circularidade”, disse a executiva.

  

(Foto: divulgação, Plastiweber)

 

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