O instituto de pesquisas de mercado Ceresana (Alemanha) divulgou a sétima edição do seu estudo sobre o mercado global de aditivos retardantes de chama, que podem ser adicionados à formulação de resinas termoplásticas usadas para a fabricação de conduítes e tubulações, ou cobertura de fios e cabos, por exemplo.
A edição atualizada do relatório Market Study Flame Retardants – World Report (7th edition) traz tópicos sobre a influência da indústria de eletrificação e do segmento de energia fotovoltaica sobre o mercado de aditivos retardantes de chama. Isso inclui os avanços obtidos na área de mobilidade elétrica, o desenvolvimento de baterias mais leves para automóveis, de componentes para painéis solares, entre outros.
De acordo com a pesquisa, a construção civil continua a ser o principal ramo consumidor de agentes retardantes de chama – atualmente, este segmento absorve quase um terço da produção total desses aditivos. Um dos dados constantes do estudo mostrou que cerca de 2,19 milhões de toneladas métricas de retardantes de chama são consumidas ao redor do globo a cada ano.
Além disso, a instituição prevê um aumento anual de 3,1% da demanda por esses aditivos na indústria automotiva até 2030.
Proteção contra incêndio
O estudo também apontou que o segmento de fabricação de equipamentos elétricos e eletrônicos se encontra entre os principais setores consumidores de aditivos retardantes de chamas, sendo considerada a segunda maior área de aplicação desses produtos, responsável pela absorção de aproximadamente 525.000 toneladas métricas/ano.
Ainda sobre este assunto, a pesquisa salienta a necessidade de usar aditivos retardantes de chama na formulação polimérica de coberturas de fios e cabos, bem como de peças plásticas, revestimentos feitos de espumas ou elastômeros que serão submetidos às condições de ambientes sujeitos à alta temperatura. Estes últimos são muito consumidos pelo ramo da construção civil.
Aditivos amigáveis
O impacto do uso de agentes retardantes de chamas na saúde e no meio ambiente também é um dos temas abordados por meio do levantamento. De acordo com um trecho do conteúdo divulgado pelo Ceresana, “a reciclagem de plásticos contendo retardantes de chama também é um desafio”. Outro ponto polêmico apontado pelo instituto é que muitos desses produtos podem permitir o acúmulo de microrganismos ou liberar toxinas.
A edição atualizada do relatório traz ainda informações sobre regulamentações e requisitos legais para o uso de agentes retardantes de chama e restrição de substâncias perigosas em equipamentos elétricos e eletrônicos.
O estudo é dividido em três capítulos. O primeiro traz análises sobre o mercado global de aditivos retardantes de chama, incluindo dados referentes à demanda regional desses produtos, organizados por tipo de aplicação. Já o segundo aborda as receitas e demanda de retardantes de chama para os 16 países com os maiores mercados para negócios neste ramo, ao passo que o último capítulo fornece dados sobre fabricantes e distribuidores.
Mais informações podem ser obtidas aqui.
Imagem: Ceresana
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