Foi sancionada no final do ano passado a lei que institui o Fundo de Aval para Desenvolvimento da Eficiência Energética (FAEE) no Estado de São Paulo, que deverá impulsionar ainda mais o crédito para financiamento de projetos voltados à modernização e redução de emissões nas pequenas e médias indústrias, além de facilitar a adoção de matrizes energéticas renováveis. A iniciativa deverá favorecer pequenos fabricantes de produtos plásticos que utilizam energia elétrica de forma intensiva na execução como injeção, extrusão, sopro e atividades complementares a eles.
O Desenvolve SP, agência de fomento paulista, será o órgão responsável pela triagem de projetos e pelo desembolso de recursos aos empreendedores. Empresas e cooperativas poderão financiar a compra e a instalação de equipamentos mais eficientes energeticamente e que reduzam a emissão de CO2.
Com o novo fundo, que será usado exclusivamente para a melhoria do processo produtivo e de redução de emissões, o acesso dos empreendedores ao crédito para essa adequação deverá se torna mais fácil, na avaliação da a presidente do Desenvolve SP, Gabriela Chiste: “O fundo permitirá ampliar muito o suporte às micro e pequenas empresas nesse processo de transição para a operação mais eficiente, dando a elas não só a oportunidade de resgatar o seu próprio passivo de emissões, mas também colocando-as em um novo e melhor patamar de qualidade operacional e ambiental”, comentou.
As características operacionais do fundo já estão definidas e envolvem a cobertura de até 90% do valor financiado. Projetos com intervenções térmicas terão condições melhores, com 0,03% de taxa e prazo de 120 meses, enquanto os outros projetos terão taxa de 0,1% e prazo de 60 meses.
A principal aplicação do FAEE Aval se dará no âmbito do Programa Investimentos Transformadores em Eficiência Energética na Indústria (PotencializEE). O programa, no qual o Desenvolve SP é um dos parceiros ao lado da Fiesp, Ciesp, Senai e outras instituições, já está em funcionamento e deve permitir que as indústrias paulistas modernizem seu parque industrial. Segundo dados do PotencializEE, o maquinário industrial brasileiro tem, em média, 17 anos de idade, responde por 32% do consumo final de energia e quase 9% das emissões de gases de efeito estufa no País. Cerca de 730 pequenas e médias empresas paulistas já estão cadastradas no programa.
Imagem: DepositPhotos
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