Um estudo realizado pelo Observatório Nacional da Indústria, hub de dados do Sistema Indústria, com base no Mapa de Trabalho Industrial 2022-2025, indicou haver expectativa de crescimento do emprego industrial para este ano. A notícia é boa, mas vem acompanhada de outra que pode causar apreensão: até 2025, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais, sendo 2 milhões em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e 7,6 milhões em formação continuada, para trabalhadores que precisam se atualizar. Isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos está relacionada ao aperfeiçoamento.
As vagas existentes para profissionais de nível técnico contabilizarão 2,2 milhões de postos de trabalho, que representam cerca de 18,4% do total do emprego industrial no País, conforme o levantamento.
Para manter a indústria em atividade será necessário capacitar pessoas, preferencialmente por meio de cursos técnicos, com duração média de um ano e meio, podendo chegar a dois anos, e que têm como pré-requisito o aluno estar cursando ou já ter o ensino médio completo. O Senai, ligado ao Sistema Indústria, é a instituição que está à frente da formação profissional para o setor, e por isso tem seus programas ligados diretamente às conclusões do estudo.
Em 2023, as áreas com maior abertura de novas vagas e demanda por técnicos são: Logística e transporte, Metalmecânica, Transversais (engloba profissionais que atuam em pesquisas, seguranças do trabalho, desenhistas técnicos, por exemplo), Eletroeletrônica e Tecnologia da Informação, sendo que todas elas permeiam a indústria de transformação de plásticos.
O gerente-executivo do Observatório, Márcio Guerra, explica que a projeção do emprego setorial considera o contexto econômico, político e tecnológico. Um dos diferenciais é a projeção da demanda por formação a partir do emprego estimado para os próximos anos. Além da conjuntura, são levadas em conta as estimativas das taxas de difusão das novas tecnologias nas empresas e das mudanças organizacionais nas cadeias produtivas.
“O que observamos é que mesmo os setores mais tradicionais como construção e metalmecânica continuam demandando muitos técnicos, e que as mudanças tecnológicas já estão impactando o perfil de profissional, com o crescimento de áreas como TI e eletroeletrônica”, avaliou.
Já a logística ganha destaque porque muitas empresas precisaram se reinventar durante a pandemia no processo de distribuição de mercadores e acesso aos insumos. “A pandemia exigiu do setor industrial uma nova forma de organização da cadeia produtiva. São profissionais que monitoram dados e informações para garantir que o processo produtivo tenha menor custo e melhor entrega”, resume.
Confira aqui quais são os cursos voltados para o setor de plásticos previstos para este início de ano.
Foto: Sistema Indústria/CNI
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