Nas análises sobre o mundo do trabalho, o aumento do índice de uso de robôs costuma ser visto pelo viés da perda de oportunidades de emprego. Controvérsias à parte, trata-se de um dos indicadores mais claros da evolução tecnológica dos parques fabris.

 

Os dados globais mais recentes da Federação Internacional de Robótica (IFR) sobre o número de robôs instalados na indústria são do relatório de 2021 e apontam uma taxa de crescimento impressionante de 31% ao ano no período que antecedeu o levantamento. De acordo com o mesmo documento, o setor de plásticos e de produtos químicos registra um crescimento menor, mas ainda expressivo, de 5% ao ano.

 

Sem a pretensão de retratar com absoluta precisão o recorte dessa realidade no setor de injeção de plásticos no Brasil, publicamos na edição junho/julho, a partir da página 12, os dados de uma sondagem feita junto ao setor para a elaboração do guia anual de transformadores por injeção, com uma amostragem pequena, mas representativa do segmento.

 

A análise das respostas espontâneas das empresas, às quais agradecemos imensamente, permite concluir que elas acompanham as tendências mundiais relacionadas à robótica no chão de fábrica: um terço das participantes da pesquisa informaram que já contam com robôs em seus parques fabris, sendo alguns deles do tipo colaborativo, que pode atuar em interface direta e segura com o operador. Já o uso de células robotizadas foi informado por 10,4% das participantes, e uma evolução semelhante foi observada nas respostas relacionadas ao uso de manufatura aditiva (impressão 3D) e às tecnologias digitais que tipificam o conceito de indústria 4.0.

 

Os dados da pesquisa corroboram não só os da Federação Internacional de Robótica, mas também as informações que normalmente apuramos em nosso trabalho diário para elaboração das notícias do setor (disponíveis aqui), onde frequentemente estão em pauta investimentos em tecnologia. Mostram ainda o quanto a indústria de plásticos está atenta à necessidade de atualização do seu parque fabril, executando suas ações com base em planejamento e na evolução das demandas do mercado.

 

Hellen C. O. Souza

Hellen.souza@arandaeditora.com.br

 

 



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