Um relatório da consultoria britânica Applied Market Informatiom (AMI), concluído no final de 2023, revela que a capacidade instalada para a reciclagem mecânica em termos globais ultrapassou 54 milhões de toneladas em 2022, período em que mais de 36 milhões de toneladas de reciclado foram processadas. Trata-se do estudo Reciclagem Mecânica de Plásticos – O Mercado Global 2023, que em sua segunda edição quantifica este mercado, analisando o equilíbrio entre oferta e demanda e avaliando os índices de produção atual por região.

 

Com base nesses dados, a AMI Consulting estima que a produção do setor de reciclagem mecânica atingirá cerca de 55 milhões de toneladas até 2030, um aumento de 52% em relação aos volumes de 2022. A instituição prevê também que a taxa global real de reciclagem de plásticos básicos alcance o índice de 16,5% até 2030, com o surgimento de mais oportunidades dentro da indústria. Neste quesito, os índices de algumas regiões brasileiras são bastante superiores, como apontou um levantamento solicitado à consultoria MaxiQuim pelo PICPlast, o Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, da Abiplast. De acordo com este estudo, o índice de reciclagem de plásticos pós-consumo foi de 46,1% no Sul do Brasil, e de 28% no Sudeste.

 

Embora em algumas regiões, tais como a Europa e o Nordeste Asiático, existam esforços no sentido de reduzir a utilização excessiva de embalagens, localidades como África e Índia registram aumento do consumo de plásticos, como resultado da urbanização e do crescimento das classes médias, o que deverá contribuir para o aumento do consumo global de plásticos em um futuro próximo.

A Europa e o Nordeste Asiático, porém, investem na infraestrutura de coleta de materiais recicláveis, enquanto em muitos outros países a informalidade desempenha um papel significativo no recolhimento de resíduos pós-consumo, concentrando-se principalmente em garrafas e frascos. De acordo com o estudo, outras aplicações pós-consumo, especialmente filmes ou plásticos rígidos que não sejam garrafas, ainda carecem de sistemas de coleta e processamento suficientes, embora comecem a surgir soluções para a destinação desse tipo de material.

Origem: AMI 2023

 

Assim, o PET teve a maior taxa de reciclagem, de 27,1% em 2022, principalmente devido à coleta bem estabelecida e formalizada de garrafas, esquemas de devolução e também a participação do setor informal. A aprovação do rPET de grau alimentar também está ganhando força em muitos países do Nordeste Asiático, Sudeste Asiático e do Subcontinente Indiano, abrindo novas oportunidades para o uso de rPET em aplicações de qualidade alimentar de maior valor.

 

Amostras gratuitas do estudo da AMI podem ser solicitadas no site da consultoria ou neste link direto para o formulário de solicitação.

 

 

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Imagens: AMI

 

 

 

 

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