A alemã Kiefel, fabricante de termoformadoras com subsidiária em São Paulo (SP), desenvolveu um novo modelo de máquina que executa a termoformação de fibras de celulose, visando à produção de embalagens de alta qualidade voltadas para diferentes segmentos.

 

Com conhecimento no desenvolvimento de equipamentos para processamento de termoplásticos de diversas origens, incluindo reciclados como o rPET ou materiais de base biológica, como o PLA, a empresa criou a linha Natureformer KFT em resposta à demanda de clientes interessados em complementar suas linhas de produtos com embalagens à base de fibra, cujo apelo de sustentabilidade atende especialmente às grandes marcas.

 

Processo de produção

A principal característica das máquinas está na integração de processos em uma só linha, que executa desde o manuseio da polpa de celulose até a manipulação das embalagens prontas. Isso inclui um procedimento de extração de água combinado com a tecnologia de pré-prensagem a frio, que reduz a umidade do material em até 60%. Já a prensa final, com ferramentas aquecidas, reduz a umidade residual da embalagem do produto para aproximadamente 7%, possibilitando a produção de superfícies de alta qualidade em cerca de 15 segundos.

Para desenvolver a Natureformer KFT, a empresa de engenharia utilizou tecnologia consolidada no processamento de plásticos. A polpa de papel em estado bruto é processada em lotes com até 1% de teor de fibra. Uma ferramenta de sucção mergulha na polpa, o vácuo suga o líquido e deixa apenas as fibras na ferramenta. Uma barra de pulverização então limpa a sua borda e remove o excesso de polpa.

A ferramenta de sucção então se move para uma contra-ferramenta flexível na estação de pré-prensagem. Após essa etapa, o teor de fibra chega a aproximadamente 40%. A ferramenta de sucção então transfere o componente para a prensa quente. Qualquer umidade remanescente é eliminada por temperaturas de até 200°C nas ferramentas superiores e inferiores em combinação com uma força de fixação de até 600 kN. Simulações de fluxo garantem que as fibras sejam distribuídas uniformemente.

A tecnologia permite obter produtos com alturas de até 250 mm. As cavidades aquecidas diretamente por cartuchos de aquecimento integrados na ferramenta de prensagem a quente, garantem a transferência de calor ideal, reduzindo o consumo de energia.

Uma ferramenta de sucção é montada no robô manipulador e transfere o componente moldado de uma estação para outra.

 

As aplicações

Os produtos termoformados em fibra podem ser destinados ao setor alimentício, de embalagens premium e para a proteção de produtos eletroeletrônicos e embalagens intermediárias para e-commerce.

A indústria de cosméticos também é usuária potencial, especialmente quando visa associar a sua imagem a questões de sustentabilidade. Como alternativa, fibras virgens (celulose não processada), podem ser usadas para obedecer aos regulamentos da indústria alimentícia para soluções de embalagens feitas de papel.

Como podem ser revestidos, os produtos também são indicados para a fabricação de embalagens para bebidas. 

 

Fotos: Kiefel

 

Conteúdo relacionado:

Como a pandemia vai afetar o projeto de embalagens

Coronavírus: oito aprendizados para o setor de embalagens pós-crise

#embalagenstermoformadas   #Kiefel



Mais Notícias PI



Embalagens para fármacos serão tema de seminário

A Honeywell e a Klockner Pentaplast promovem evento gratuito que acontece em Goiás.

19/11/2024


Tampa de PET recebe prêmio por sustentabilidade

A Husky lançou um modelo de tampa feita com 100% de poli(tereftalato de etileno) (PET) e recebeu prêmio em evento internacional do setor de embalagens.

19/11/2024


Índice de reciclagem mecânica de embalagens foi de 24,3% em 2023

A Abiplast e a MaxiQuim divulgaram informações sobre o índice de reciclagem de plásticos em 2023 no Brasil, apontado por uma pesquisa que também abrangeu o volume de resinas PCR produzidas e o índice de produção por região.

12/11/2024