Dois programas conduzidos pelo Aimplas – Instituto Tecnológico del Plástico (Espanha), financiados pelo Instituto Valenciano de Competitividade e Inovação (IVACE+i) e fundos FEDER, têm como objetivo o desenvolvimento de metodologias para assegurar a qualidade de embalagens para alimentos, bem como de plásticos reciclados.

 

Um dos programas é chamado Nias Novo, que é voltado para a criação de métodos que envolvam detecção, identificação e semi quantificação de substâncias não voláteis adicionadas não intencionalmente (NIAS) em materiais plásticos usados na fabricação de embalagens destinadas ao acondicionamento de alimentos, e de cosméticos também.

 

Pelo programa Nias Novo, do qual participam as empresas Pérez Cerdá e ITC Packaging, ambas situadas na Espanha, o Aimplas pretende apoiar projetos que requeiram a realização de avaliações de risco envolvendo substâncias não voláteis eventualmente presentes em plásticos.   

 

O outro programa é chamado de PPINPE, o qual é voltado para a melhoria de processos para a análise de materiais plásticos reciclados provenientes do reaproveitamento de polímeros pós-consumo como, por exemplo, as poliolefinas polipropileno (PP) e polietileno (PE).

 

A premissa do PPINPE, que conta com a colaboração das empresas Plastics Casaravi, Eslava Plásticas e Durplastics, todas situadas na Espanha, é dar apoio a trabalhos dedicados ao desenvolvimento de métodos que simplifiquem o processo de quantificação de polipropileno (PP) em materiais cuja matriz principal seja o polietileno (PE), e vice-versa. O objetivo aqui é avaliar a qualidade dos materiais, prever e evitar contaminações, por exemplo.

 

 

Especialistas comentam sobre os programas

 

No que se refere ao programa Nias Novo, María Lorenzo, pesquisadora-líder do Laboratório de Cromatografia do Aimplas, comentou: “Estamos fazendo pesquisas sobre diferentes matérias-primas como plástico virgem e reciclado, materiais de base biológica e embalagens reutilizáveis. Essas análises podem ajudar empresas fabricantes de produtos de plástico, principalmente em se tratando dos setores de alimentos e embalagens. O objetivo é fazer com que as empresas cumpram a legislação que envolve os plásticos, não só para os seus próprios produtos, mas também para toda a cadeia de valor. Assim, é possível antecipar futuras alterações regulamentares”.

 

Comentários sobre o programa PPINPE foram tecidos por Miguel Ángel Mafé, que atua em pesquisas sobre caracterização e ensaios de materiais no Aimplas: “Durante a reciclagem de materiais pós-consumo, a separação total de poliolefinas nem sempre é totalmente eficaz. Melhorar os processos para quantificar com precisão o polipropileno e polietileno presentes em materiais compostos obtidos pela reciclagem de plásticos pós-consumo é um desafio que devemos resolver no atual quadro da indústria do plástico, em que há uma tendência ascendente de utilização de materiais reciclados. Também se faz necessário promover a economia circular pela melhoria de matérias-primas recicladas e dos processos envolvidos neste sentido”.

 

De acordo com informações fornecidas à imprensa, a ideia é fazer com que as ações relacionadas aos dois programas sejam realizadas de forma complementar, e que elas sirvam de apoio para a cadeia produtiva de plásticos. O Aimplas pode ser contatado pelo seu site

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Imagens: Aimplas.

 

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#Aimplas #NiasNovo #PPINPE #PlásticoIndustrial



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