Hellen Souza, da redação
A Oma Ativos Ambientais está divulgando no mercado brasileiro uma oportunidade de ganhos complementares para empresas de reciclagem de materiais plásticos, e também para as empresas de transformação que reciclam internamente suas sobras de processo. São os chamados créditos de plástico, que, a exemplo dos créditos de carbono, são comercializados no mercado internacional como ativos ambientais capazes de promover a compensação de emissões de gases de efeito estufa. No contexto da indústria de plásticos, eles incentivam a circularidade e o ciclo econômico que tem como base os resíduos do tipo pós-indústria (PIR) ou pós-consumo (PCR).
Os chamados “créditos de plástico” são um instrumento econômico-financeiro criado para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, coleção de 17 metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a proteção do meio ambiente e do clima, além do combate à pobreza.
Como funciona
Os créditos têm valor fixado de acordo com o tipo de atividade (coleta ou reciclagem), com a localização da empresa, com o tipo de material recuperado e com o impacto ambiental e social das ações da empresa em questão. Em apresentação durante o último seminário Recy-Plastech, em São Paulo (SP), a executiva Juliana Rolla, CEO e fundadora da OMA, destacou que uma tonelada de plásticos, coletados ou reciclados, pode valer de 100 a 200 dólares, recursos que são revertidos diretamente para a empresa que opta por ingressar no mercado de créditos.
A OMA atua como uma mesa de negociação que tanto detecta quanto comercializa esses créditos, além de apoiar as empresas postulantes nos trâmites necessários ao seu ingresso no mercado internacional. Os ganhos advindos dos créditos podem ser investidos em programas de capacitação, compra de maquinário, apoio operacional e estruturação da atividade junto a catadores, por exemplo, como destacou a executiva. Ela acrescenta que há registro de projetos de grande impacto, que chegam a receber até 600 dólares por tonelada de plástico, e que a demanda por créditos está aumentando, inclusive por parte de empresas que não têm como neutralizar a sua pegada de carbono e por isso fazem a compensação de suas emissões de CO2 comprando os títulos no mercado.
Tanto a atividade de coleta quanto a de reciclagem são potenciais geradoras de créditos, sendo que a última pode ainda gerar dois ativos complementares: o crédito de carbono e o crédito de plástico, tendo em vista o compromisso com a substituição do uso de resina virgem por PCR, a montante da cadeia produtiva.
O prazo para que a empresa comece a receber os créditos pode ser de até 12 meses, tendo em vista a documentação e as auditorias necessárias. Podem ser estabelecidos contratos com duração de até 20 anos, com auditorias anuais ou a cada dois anos.
A OMA possui dois projetos em andamento no mercado brasileiro, os quais já estão registrados e gerando créditos. Em um deles foram auditadas mais de 22 mil notas fiscais, o que demonstra o compromisso de conformidade com as normas internacionais.
Os créditos de plástico são assegurados pela registradora global Verra, que estabelece os padrões para a geração de ativos ambientais. A executiva da OMA acrescentou que em janeiro deste ano o Banco Mundial emitiu títulos verdes (green bonds) no mercado internacional lastreados em projetos relacionados ao setor de plásticos, o que deve promover aumento da procura pelos créditos.
Mais informações podem ser solicitadas em formulário disponível no site da OMA, no link https://omagroup.com.br/solucoes/plastic/
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Imagem: OMA
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