Cerca de 3 mil profissionais precisarão ser contratados por ano para a realização de trabalhos no setor de hidrogênio verde (H2V) no País. Essa é uma estimativa que tem origem em um estudo realizado a partir de uma parceria entre o SENAI e o projeto H2Brasil – que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável –, implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
O levantamento foi elaborado e conduzido por Marc Bovenschulte, diretor do Instituto de Inovação e Tecnologia de Berlim. De acordo com informações divulgadas à imprensa, para a realização da pesquisa foram entrevistados 128 especialistas brasileiros em hidrogênio verde, dos quais 42% se encontram na região Nordeste e 39% na região Sudeste.
O estudo mostrou, com base nas respostas dos entrevistados, que a demanda média anual por profissionais do ramo de hidrogênio verde se dividirá da seguinte maneira:
Aproximadamente 2.863 novos profissionais de nível médio – técnicos e trabalhadores qualificados, por exemplo;
2.248 profissionais semiqualificados e não qualificados;
Demanda por profissionais de nível alto – cientistas e engenheiros altamente qualificados.
No que se refere aos profissionais de nível técnico, a demanda terá forte inclinação para a contratação de equipes necessárias para a implementação de parques industriais voltados para o processamento de hidrogênio verde. Neste sentido, 50% dos especialistas que colaboraram com o levantamento disseram que haverá alta demanda por técnicos especializados em, por exemplo, instalação, manutenção e renovação de sistemas e processos produtivos.
Em se tratando da demanda por profissionais com alta qualificação, 44% dos entrevistados disseram que os candidatos considerados de nível alto serão contratados para a produção de hidrogênio por eletrólise (processo que quebra a molécula de água, resultando em H2 e O2), enquanto 36% dos respondentes afirmaram que esses profissionais vão atuar na produção de biomassa.
O superintendente de educação profissional e superior do SENAI, Felipe Morgado, comentou mais sobre este assunto: “Teremos um primeiro movimento de especialização, para quem possui nível superior, nas áreas voltadas à pesquisa, desenvolvimento tecnológico e regulação. O segundo movimento será direcionado à instalação e operação das plantas, que vai requerer profissionais de nível técnico”.
O SENAI pode ser contatado pelo seu site. Nesta página podem ser obtidas mais informações sobre o projeto H2Brasil.
Você também confere em nosso site, na seção Notícias, um estudo da CNI que indica oportunidades no mercado de hidrogênio. Veja também na revista Corte e Conformação de Metais digital a matéria Hidrogênio verde: espaço para novos negócios no setor metalmecânico.
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Imagem: Shutterstock.
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