Um estudo anual realizado pela MaxiQuim, encomendado pelo PICPlast – Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico –, um acordo estabelecido entre a Braskem e a Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico –, mostrou que em 2023 o índice de reciclagem mecânica de embalagens foi de 24,3%, ao passo que o índice de recuperação de embalagens foi de 28,6%.

De acordo com a pesquisa, o índice geral de reciclagem mecânica dos plásticos ficou em 20,6% no mesmo ano. O levantamento também traz informações sobre o volume de resíduos plásticos consumidos no Brasil em 2023, assim como a sua origem, o índice de produção de resinas recicladas pós-consumo, incluindo um recorte da produção por região, e o índice de manutenção de empregos no setor de reciclagem.

 

Foi apontado pelo levantamento que em 2023 foram consumidas 1,4 milhão de toneladas de resíduos plásticos no ramo de reciclagem no País. Desse volume, 984 mil toneladas de resíduos são provenientes de embalagens e 467 mil toneladas provêm de resíduos pós-industriais como, por exemplo, sobras de processos da indústria de transformação de plásticos e do setor petroquímico. Neste volume também estão inclusas peças plásticas retiradas de bens de consumo duráveis e itens descartáveis.

 

Em se tratando de resíduos com origem nas embalagens plásticas, separadamente, 47% do volume desses materiais são provenientes de embalagens rígidas e 21% vêm de embalagens flexíveis (gráfico a seguir). 

No que se refere à origem dos resíduos, a pesquisa mostrou que 30% das 1,4 milhão de toneladas de resíduos plásticos consumidas foram fornecidas por sucateiros às empresas recicladoras, enquanto 19% foram comercializadas por beneficiadores, 13% por empresas de gestão de resíduos e 11% por cooperativas. 

 

 

Aumento da demanda por plásticos PCR

 

O estudo também mostrou que a produção de resinas pós-consumo no Brasil no ano passado teve aumento de 23,9% em relação a 2018. Em 2023, quando foram produzidas mais de 939 mil de toneladas de resinas recicladas pós-consumo, 41% desse volume foram representados por resíduos de poli(tereftalato de etileno) (PET), 21% tiveram origem no polietileno de alta densidade (PEAD), 17% no polipropileno (PP) e 14% vieram de itens fabricados com polietileno de baixa densidade (PEBD) ou com polietileno linear de baixa densidade (PELBD).

 

No mesmo ano, 16% do volume de resinas recicladas produzidas no País foram usadas na fabricação de produtos para a indústria de alimentos e bebidas, 13% foram consumidos pela construção civil e pelo setor de infraestrutura, 12% pelos setores de higiene pessoal, cosméticos e limpeza doméstica, 8% foram absorvidos por fabricantes de utilidades domésticas e 7% foram destinados à indústria automotiva.

 

A produção de resinas recicladas pós-consumo (PCR) por região em 2023, conforme mostrou a pesquisa, continuou a mostrar maior concentração na região Sudeste, onde o índice de produção foi de 54,3%, somando mais de 510 mil toneladas. A região Sul foi responsável pela produção de 257 mil toneladas, Nordeste, 110 mil toneladas, Centro-Oeste, 39 mil toneladas, e na região Norte foram produzidas 12 mil toneladas de resinas PCR.

 

 

Empregos

 

De acordo com o levantamento, os empregos no setor de reciclagem foram mantidos de 2018 a 2023, apesar de uma oscilação negativa de 0,3%, levando em consideração que a quantidade de empresas variou em 3,8% para baixo no período analisado. Também foi apontado que o faturamento bruto das empresas do setor de reciclagem aumentou em 26% em 2023, em comparação com 2018.
  

Nesta página no site da Abiplast pode ser acessado o estudo completo. A MaxiQuim pode ser contatada pelo seu site. As possibilidades de reciclagem mecânica de embalagens com múltiplas camadas são tema de um estudo que pode ser acessado na seção Artigos técnicos em nosso site.

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Imagem: Divulgação.

 

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