A prefeitura de Maringá, PR, lançou no dia 23 de janeiro o processo de criação de uma ZPE - Zona de Processamento de Exportação no município com objetivo de promover o desenvolvimento industrial, ampliar a competitividade econômica e gerar empregos, a partir da concessão de benefícios e de incentivos fiscais e cambiais exclusivos. O projeto, que está respaldado pela lei federal de regulamentação das ZPEs, visa à instalação do maior data center da América Latina para o processamento de dados por meio de IA - Inteligência Artificial. Para o projeto maringaense, a RT-ONE empresa norte-americana, que trabalha com tecnologia de IA, proteção cibernética e processamento de dados na nuvem, com atuação em países como Estados Unidos, México e Suíça, anunciou investimento de R$ 6 bilhões para a construção de um data center de 400 MW no local. O empreendimento será voltado ao processamento de dados por meio de IA, tecnologia que exige até sete vezes mais consumo de energia do que sistemas convencionais, o que também exigirá investimentos na capacidade de alimentação do município.
Por meio de decreto de desapropriação, o prefeito Silvio Barros destinou para a ZPE um terreno próximo ao Aeroporto Regional de Maringá, que está alfandegado para operar cargas internacionais. Caso o projeto seja aprovado pelo MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o espaço abrigará empresas voltadas majoritariamente à exportação – com no mínimo 80% de sua produção destinada ao mercado externo – e que terão acesso às condições tributárias diferenciadas.
“Estamos iniciando um projeto transformador para Maringá, que certamente colocará nosso município em posição de destaque nas áreas industrial e tecnológica, gerando emprego e renda para os maringaenses”, destacou Silvio Barros. O prefeito também ressaltou outras características da cidade, que contribuem positivamente para a aprovação da iniciativa. “Temos ao menos 12 instituições de ensino superior e, aproximadamente, 500 mil acadêmicos matriculados. Ou seja, uma grande rede de formação de pessoas e de qualificação de mão de obra, que pode ser bem aproveitada pelas empresas. E temos, também, no aeroporto, uma estrutura apta para se tornar um hub de carga internacional, facilitando o escoamento da produção.”
“Ter um data center operando dentro de uma ZPE nos coloca em condições de competir globalmente, com vantagens tributárias que viabilizam nossa atuação no mercado internacional”, explicou o CEO da RT-ONE Fernando Palamone. Ele ressaltou, ainda, que fatores como as universidades renomadas do município, a qualificação da mão de obra local, a infraestrutura energética e de água, e a capacidade do aeroporto foram determinantes para a escolha de Maringá.
Com a aprovação da ZPE, as obras do data center devem começar em até seis meses, e a previsão é que as operações sejam iniciadas em até oito meses após o início da construção.
Foto: Ricardo Lopes/PMM
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