A USP e o NIC.br - Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR assinaram no dia 30 de abril um protocolo de intenções em que se comprometem a realizar estudos para a integração e uso compartilhado das infraestruturas de rede óptica, e para o compartilhamento de fundamentos e práticas para segurança em redes de computadores.

“Ficamos muito satisfeitos com essa parceria, que trará redundância para nossa rede de Internet e maior segurança para os sistemas corporativos. O NIC.br opera o registro de domínios .br, entre outras atividades e, certamente, essa parceria trará benefícios mútuos”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

Segundo o superintendente de Tecnologia de Informação da USP, João Eduardo Ferreira, o protocolo tem como principal objetivo unificar esforços para otimizar e reduzir custos das redes de conectividade de fibra óptica, bem como aumentar a segurança computacional das instituições envolvidas.

O presidente do NIC.br, Demi Getschko, também celebra a parceria. “Guardião dos nomes de domínios sob o .br, o NIC.br desempenha um papel fundamental para a Internet desde os primórdios e entende que o acordo com a USP, além de natural, é oportuno”. Frederico Neves, diretor de Serviços e de Tecnologia do NIC.br, reforça a importância da colaboração entre as instituições. “Ao usar recursos em comum, estamos ainda contribuindo para melhorar a infraestrutura da Internet no Brasil”.

De acordo com o documento, nos próximos meses, equipes da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da USP e do NIC.br deverão promover reuniões e comunicações para avaliar, em termos administrativos e técnicos, o compartilhamento de backbones, infovias de fibra óptica para tráfego de dados.

Como explica Ferreira, “a USP possui um backbone que integra todos os campi da universidade, chegando a todas as unidades. Toda a rede de conectividade da USP utiliza esse backbone e agora estamos ampliando sua velocidade de transferência de dados de 10 para 100 Gbit/s. Por outro lado, o NIC.br também possui um backbone óptico para as suas demandas. Nossa ideia é que o uso compartilhado dos dois backbones reduziria os custos e aumentaria a resiliência da rede de conectividade das duas instituições”.

Um projeto de compartilhamento dos backbones da USP e do NIC.br deverá ser apresentado nos próximos seis meses.

Além do uso compartilhado da infraestrutura de fibra óptica, o grupo também atuará na questão da segurança, não só para o compartilhamento de tecnologia, mas também para a criação de uma cultura voltada para a segurança computacional.

“A USP tem um grande parque instalado que poderá ser utilizado como um grande laboratório de testes e validações, viabilizando avanços no conhecimento da segurança computacional que, atualmente, é um dos pilares que sustentam o avanço tecnológico, assim como a inteligência artificial e a capacidade de processamento e armazenamento de dados”, explicou Ferreira.

Getschko lembra que “a segurança é uma atividade que requer cooperação. Não existe um órgão isolado que seja capaz de cuidar da segurança computacional brasileira, a colaboração entre as instituições é fundamental”.