Com o avanço da economia digital e popularização da inteligência artificial, da IoT - Internet das Coisas e da computação em nuvem, os data centers se tornaram uma infraestrutura de serviços de rede e armazenamento-chave para o modelo de tecnologia global e a operação eficiente dos novos formatos de negócios. A crescente demanda por capacidade e velocidade levou a indústria a se expandir, mas um desafio no setor permanece: estabelecer condições ambientais específicas para operar quantidades cada vez maiores de equipamentos de forma confiável, com resfriamento eficiente.
Para Diego Hara, da Vaisala, empresa especializada em medições industriais, ambientais e meteorológicas, as instalações que alocam data centers devem estar equipadas com transmissores de umidade relativa e temperatura adequados, bem como estações meteorológicas externas que forneçam monitoramento de pressão, vento, umidade e temperatura. “Medições estáveis, com tecnologias que permitam aferir dados precisos e consistentes ao longo de vários anos, são o ponto de partida para a eficiência energética e garantia da operação", ressalta.
A Vaisala estima que o consumo de energia em um centro de dados de porte médio equivalha ao de uma cidade pequena e, se reunidos, os data centers representariam de 1% a 3% do consumo mundial de energia do planeta.
“Os data centers são instalações de uso intensivo de energia e esse consumo é seu principal custo, perfazendo até 80% das despesas de operação. A energia do data center é transformada em calor e deve ser transportada para fora do equipamento, a fim de manter a temperatura correta de operação. Isso faz com que refrigeração e climatização sejam alguns dos processos mais importantes em um data center”, afirma Hara.
Segundo o especialista, medições externas podem ser usadas como referência para o clima interno, permitindo que os operadores aproveitem os economizadores de energia para ar-condicionado e os métodos de resfriamento isolados, que reduzem o consumo de eletricidade. As medições internas, por sua vez, fornecem o equilíbrio e a garantia de que o sistema HVAC está funcionando corretamente. Os requisitos de desempenho para condicionadores de ar para salas de computadores (unidades CRAC) são ampliados para esses locais, mas assim como sua dependência dos sensores usados para controle, também podem ser aferidos.
Nesse conjunto, uma das medidas para reduzir os custos de refrigeração é monitorar adequadamente as condições ambientais, medindo os parâmetros a serem controlados e determinando com qual precisão a medição será necessária. “O uso de economizadores, resfriamento evaporativo ou outras estratégias influenciarão os parâmetros de umidade dos instrumentos. Saber como a precisão do sensor pode afetar variáveis calculadas, como entalpia e temperatura de bulbo úmido, pode desempenhar um papel na estratégia de controle”, destaca.
O mapeamento do layout e dos fluxos de ar do ambiente, a modernização de equipamentos de climatização e a manutenção também são variáveis que devem ser observadas para uma estrutura eficiente e sustentável por mais tempo.
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