Depois de concentrar seus esforços no último ano para integração e padronização das nove operações adquiridas, reorganização corporativa e crescimento orgânico da base de assinantes, a Alloha Fibra divulgou o balanço dos resultados e os planos de negócios para 2023. As estratégias incluem o retorno de pequenos M&As de provedores, a expansão da taxa de conversão (take up rate) das redes ópticas implantadas e a maior participação do B2B, hoje responsável por 20% da sua receita.

Com uma rede de 114 mil quilômetros, a Alloha está presente em mais de 650 municípios com backhaul e 270 com FTTH em 20 estados, totalizando 7,6 milhões de HP – homes passed. “Somos o terceiro maior player de fibra e o quarto maior de banda larga no país”, disse Alexandre Moshe, CEO do grupo, durante coletiva de imprensa realizada no dia 18 de novembro na sede da holding, em São Paulo. Com 1,3 milhão de assinantes no 3T22, o aumento foi de 46% em relação ao mesmo período de 2021, quando a empresa contava com 893 mil assinantes. “É um feito muito importante, principalmente porque tomamos a decisão de focar no crescimento orgânico ao longo deste ano. São 50 mil novos assinantes por mês”, disse o CEO. Segundo ele, a estratégia agora é aumentar o take up rate, que varia conforme a cidade. “Está hoje em 17% porque expandimos muito a nossa rede. Fizemos mais de 1 milhão de HP este ano”, afirmou.

Os investimentos em 2022 totalizam cerca de R$ 800 milhões, montante que deverá se repetir no próximo exercício. A receita líquida aumentou de R$ 338 milhões no 3T21 para R$ 358 milhões 3T22. A margem Ebitda chegou a R$ 131 milhões no mesmo período, alta de 41%.

Controlada pelo fundo eB Capital, a Alloha iniciou no mercado de fibra em 2018, quando comprou a Sumicity, de Carmo, RJ. De 2019 a 2021 foi a vez da Mob Telecom, Wirelink, VIP, Click, Univox, Ligue e Niufibra. Em 2022 as marcas foram organizadas em três polos: Sumicity, que além dela própria inclui a Click, Giga e Univox, com atuação no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo; VIP Telecom, com VIP, Ligue e Niufibra e operação em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul; e Mobwire, com Mob Telecom e Wirelink, de Fortaleza, CE, com atuação no Nordeste.

Dentro desse perfil consolidador, o modelo de gestão adotado incluiu a centralização de algumas atribuições, como compras, sistemas, tecnologia e rede, modelos de remuneração e políticas de incentivo de colaboradores, além de código de ética e governança único para o grupo. Para manter as características regionais das marcas adquiridas, diversas estratégias são definidas na ponta, em cada polo, como formas de lançamento e divulgação de produtos e serviços de campo. “Esse modelo permite tomada de decisão rápida, aliando escala com proximidade. Temos marcas, equipes e culturas muito vinculadas às áreas da cidade onde atuamos. Ao mesmo tempo em que mantemos as regionalidades, várias atividades são integradas, promovendo uma ótima cooperação e maior eficiência”, disse o CEO. De acordo com ele, as próprias marcas das nove aquisições foram mantidas, uma vez que muitas já eram líderes de mercado antes da consolidação. “Cada uma tem forte identificação local”.

Dentro da expansão orgânica, vale ressaltar a chegada da Alloha em novas áreas, como no Centro-Oeste, com a estreia da Sumicity em Brasília, DF, e Campo Grande, MS, nesta última com mais de 320 mil HPs. Uma outra marca, a VIP Telecom, está investindo em bairros periféricos da capital paulista, com destaque para a zona leste, além de Guarulhos e Santos, SP. “Na cidade de São Paulo, já temos mais de 80 mil clientes. Descobrimos oportunidades periféricas. A ideia é trazer todo o know how que desenvolvemos em cidades interioranas e oferecer diferenciais como proximidade e atendimento. No bairro Cidade Tiradentes, com 18 mil clientes, a VIP é a única operadora com loja física”, disse o presidente do polo VIP na Alloha, Fábio Abreu. Em Guarulhos, segunda maior cidade do estado de São Paulo, a empresa instalou fibra em 42% da cidade, mas somente na periferia. “Estamos dando um passo diferente e mostrando que a Aloha tem capacidade não apenas de crescer em cidades menores, mas também em grandes centros”, disse.

Por fim, a empresa pretende introduzir melhorias no portfólio, com SVAs – serviços de valor agregados voltados para o cliente residencial e também com ofertas para o mercado B2B, incluindo a rede de fibra para conexão móvel. Dentro da Mobwire, o B2B já representa 50% da receita, com soluções corporativas, nuvem e monitoramento. O polo atende operadoras, governo e mais de 800 pequenos provedores.



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