A busca por eficiência nos investimentos e no armazenamento de dados é cada vez mais importante para empresas que desejam se manter competitivas, e os avanços tecnológicos são grandes aliados nesse contexto. Entre as decisões que empresários precisam tomar para alavancar os negócios e aumentar a segurança de suas informações estratégicas está a escolha de servidores físicos ou baseados em nuvem. Para saber qual dos dois sistemas é melhor para cada tipo de negócio, é preciso entender suas necessidades corporativas, fazer um mapeamento das demandas e avaliar a capacidade de infraestrutura do empreendimento.  “Antes de tudo, é necessário analisar o tipo de aplicação, o formato dos dados e as exigências de adequação à legislação local”, afirma o CEO da Positivo Servers & Solutions, Silvio Ferraz de Campos (foto).

Para auxiliar as empresas nesse momento de definição, o executivo apresenta as principais características e pontos positivos de cada uma das duas tecnologias, além de dar dicas sobre como escolher o melhor produto. Entre os pontos a serem considerados estão as facilidades de gerenciamento dos dados, a velocidade de acesso às informações e as possibilidades de atualizações do sistema.

“Os servidores físicos possibilitam o melhor gerenciamento da infraestrutura de TI e a diminuição da latência, por uma questão de geolocalização”, afirma Campos. “Eles também facilitam o cálculo de TCO - Custo Total de Propriedade, trazendo uma previsibilidade maior dos investimentos em cada equipamento, além de oferecerem maior controle dos dados, uma vez que essas informações ficam dentro da própria empresa. Por outro lado, a depender dos planos da empresa, um fator que pode pesar contra os servidores físicos é que, geralmente, eles têm capacidade limitada de armazenamento, o que diminui sua escalabilidade.”

Já os servidores na nuvem, aponta Campos, proporcionam mais agilidade no provisionamento e na aquisição. “Além disso, otimizam, ou até eliminam, a necessidade de espaço no data center, assim como reduzem a produção de lixo eletrônico causado pelo sucateamento de peças obsoletas. Servidores na nuvem também garantem rapidez e facilidade na aquisição de mais recursos. Ou seja, eles podem ser ajustados facilmente para atender a picos de demanda.”

Enquanto o custo para a implantação de um servidor físico requer um investimento inicial maior, os servidores em nuvem geralmente são cobrados com base no uso (Capex/Opex). Outros fatores importantes que precisam ser considerados são a capacidade de recursos oferecidos em cada um deles, os tipos de aplicações que serão usadas, a latência, a disponibilidade e tempo para aquisição e a habilitação da infraestrutura, já que essas questões têm bastante impacto em cada caso.

No tocante à segurança, os servidores em nuvem podem ser considerados mais seguros de forma geral, dado que muitas vezes as aplicações estão em multicloud, dificultando possíveis ataques ou invasões física e cibernética. “Podemos considerar ainda a segurança no caso de desastre natural, uma vez que o data center não está no mesmo espaço físico da empresa em caso de calamidade. Servidores físicos, no entanto, proporcionam à empresa uma maior capacidade de manter dados e processamento em sigilo”, explica.

O CEO da Positivo Servers & Solutions também propõe alguns questionamentos para quem quer escolher a solução definitiva. Entre os pontos a serem levantados estão: qual é a capacidade física para manter esse servidor? Existe espaço na empresa destinado para um data center? E quanto ao uso de racks disponíveis, infraestrutura de energia, ar condicionado, pessoas para gerenciamento e segurança para a informação contida nele? “Além disso, é preciso avaliar a aplicação que será destinada a rodar nesse servidor, principalmente com relação à latência e disponibilidade. Apesar da melhoria contínua dos ambientes em nuvem, a infraestrutura de comunicação e os links de acesso podem ser um risco nesse caso.”

Uma alternativa interessante é aproveitar o que cada tipo de uso tem de melhor, buscando fazer a mescla de servidores físicos em um data center privado, adquirido por meio de HaaS - Hardware as a Service, e usar o transbordo de algumas aplicações ou demandas pontuais para a nuvem pública. “Esses ambientes podem ser gerenciados com uma plataforma única de nuvem híbrida”, afirma.

Campos recomenda que o usuário faça uma rápida análise da sua condição atual de manter uma infraestrutura física, das demandas das aplicações críticas de seu ambiente de TI e do perfil de consumo de processamento e dados do seu negócio. “As respostas a esses três itens, certamente, darão o direcionamento macro em 80% dos casos”, avalia. “Outro ponto importante é sempre consultar um especialista na hora da implantação, pois a migração de dados pode ser um processo complexo que exigirá bastante planejamento e execução cuidadosa”, adverte.



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