As empresas do setor de tecnologia, mídia e telecomunicações fizeram 368 fusões e aquisições no primeiro semestre de 2023, uma queda de 41% na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram registradas 629 transações desse tipo no Brasil. O número das operações no setor corresponde a 50% do total de 737 transações realizadas no país no primeiro semestre de 2023.
No primeiro semestre deste ano, foram realizadas as seguintes quantidades de operações no setor: tecnologia da informação (169); empresas de Internet (157); telecomunicações e mídia (33); publicidade e editoras (9). Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
“Apesar da queda no total de fusões e aquisições no setor, é interessante observar a relevância dessas empresas, considerando que elas atingiram metade do total de operações realizadas no país. A queda mais significativa foi em empresas de Internet, porém os segmentos de tecnologia da informação, telecomunicações e mídia permaneceram relativamente estáveis na comparação. As organizações de publicidade e as editoras quase dobraram o número dessas transações”, afirma Márcio Kanamaru, sócio-líder de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da KPMG no Brasil.
Segundo a pesquisa da KPMG, com as 365 operações nacionais de fusões e aquisições do segundo trimestre, o primeiro semestre do ano atingiu 737 negócios concretizados. Considerando as 372 transações dos primeiros três meses, o cenário permaneceu estável. “Pelos números do trimestre, o cenário de fusões e aquisições está estável, no mesmo patamar dos últimos quatro trimestres, apontando para cerca de 1500 transações no final do ano. Embora os números apresentem uma queda com relação ao semestre anterior, o cenário está com melhores perspectivas do que no início deste ano”, analisa o sócio da KPMG, Luís Motta.
De acordo com o levantamento, o setor de tecnologia da informação foi o que mais registrou operações de fusões e aquisições entre os meses de abril e junho deste ano, fechando o período com 103 negociações. Em segundo lugar, ficaram as companhias de Internet, com 76, e, em terceiro, instituições financeiras, com 31. No ranking, constam ainda outros setores com número relevante de transações: hospitais e laboratórios de diagnósticos (20); companhias de serviços (18); seguros (14); supermercado (6) e produtos de engenharia (5).
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